Do iG A polêmica em torno das manifestações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) rendeu a ele quatro representações na Corregedoria da Câmara.
Notificado na manhã desta quarta-feira (6) pela Corregedoria da Câmara, Bolsonaro tem agora cinco dias para apresentar a sua defesa.
Bolsonaro recebeu a notificação referente às ações enviadas pelo deputado Edson Santos (PT-RJ), pelo deputado Luiz Alberto (PT-BA), pela Comissão de Diretos Humanos e pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.
Todos esses processos gerarão uma investigação somente.
Ainda devem chegar à Corregedoria as representações feitas pelo PSOL e pela CUT-DF.
A partir da tese a ser apresentada pela defesa, o corregedor e deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), vai elaborar um parecer a ser enviado à Mesa Diretora da Câmara.
A polêmica gira em torno dos comentários com suposto teor racista e homofóbico feitos pelo deputado.
Ao participar do programa CQC da TV Bandeirantes, ele deu uma resposta à cantora Preta Gil que foi interpretada como racista.
Depois, questionado sobre o teor da resposta, o deputado disse que entendeu mal a pergunta. “Eu fui entrevistado por um laptop.
Minha resposta não foi àquela pergunta.
O que eu entendi, por Deus do céu, era o que eu achava de um filho casar com gay”.
E então, proferiu sua opinião dessa vez com teor homofóbico.
O filho de Bolsonaro também entrou na questão ao dizer que nenhuma pai teria orgulhode ter um filho gay. e criticou políticas públicas voltadas para o movimento. “Que pai tem orgulho de ter um filho gay?
Acho que nenhum pai tem orgulho disso.
Quando você tem 18 anos, faz o que quiser da sua vida, mas querer ensinar para uma garoto de seis anos”, declarou o vereador, para quem o movimento gay tenta “enfiar goela abaixo o que pensam, sem levar em consideração o que nós também pensamos”.
Carlos Bolsonaro negou também que o pai tenha dado uma declaração racista – “ temos amigos e funcionários que são isso (negros)” – e disse que o vídeo teve problemas de edição. “É uma injustiça acusá-lo de racista diante de uma sociedade totalmente tolerável.
Nunca tivemos problemas com cores, qualquer que seja.
A íntegra da fita do programa CQC foi pedida em Brasília.
Vamos ver se existiu algum tipo de corte ou outro tipo de pergunta que motivou aquela resposta”.