Da Agência Senado O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou, em discurso nesta quarta-feira (6), a comemoração, no dia 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde.

Ele pediu que a data seja uma oportunidade para “reflexão sobre os problemas e as possíveis soluções para a saúde no Brasil”.

O parlamentar disse que, apesar dos avanços já obtidos, o Sistema Único de Saúde (SUS), criado para universalizar os serviços de saúde pública no país, enfrenta limitações e problemas que colocam a saúde no topo das preocupações do cidadão brasileiro.

Humberto Costa reconheceu que ainda há grandes desafios no processo de universalização da saúde e disse que a falta de médicos, a má distribuição desses profissionais pelo país e as falhas de gestão são os principais problemas apontados pela população em relação ao SUS.

De acordo com o senador, o Brasil “gasta pouco com saúde e gasta mal”.

Ele disse que é preciso um controle de gestão eficiente e a definição de fontes de recursos perenes para a saúde. - Assim, vai ser possível que o SUS cumpra seu papel de prestar serviço universal e de qualidade à população brasileira - afirmou.

Esforço do governo - Humberto Costa reconheceu o esforço do governo brasileiro para atender as necessidades da população, destacando o Programa Saúde da Família, que concentra sua atuação no atendimento de demandas básicas.

Ele salientou que esse tipo de serviço pode solucionar até 90% dos problemas de saúde em uma comunidade e reduz o atendimento na rede pública.

O senador também citou a Rede Cegonha, programa do governo federal que presta cuidados primários à mulher gestante e à criança.

O Ministério da Saúde, informou o senador, vai investir, até 2014, mais de R$ 9 bilhões na criação e estruturação da rede.

Segundo o senador, no Brasil são realizados cerca de 3 milhões de partos por ano, sendo cerca de 2 milhões pelo SUS. - O programa Rede Cegonha vai atender todo o Brasil, mas o foco inicial serão a região amazônica e o Nordeste, onde é maior a mortalidade materna e infantil, e nas regiões metropolitanas, que concentram um número maior de gestantes - informou.

Humberto Costa também destacou outras ações de universalização da saúde pública, como as campanhas de vacinação, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Brasil Sorridente, a Farmácia Popular e o Saúde não Tem Preço, que provê remédio gratuito para portadores de hipertensão e diabetes.