Adriano Ceolin, do iG O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) marcou viagem para Brasília nesta quarta-feira.

Segundo aliados próximos, ele deve se opor à criação de um conselho político do partido – proposta para abrigá-lo no comando da sigla.

Serra não gostou do formato idealizado para o conselho.

Sobretudo porque o órgão deverá contar com 14 integrantes.

Na avaliação de aliados do ex-governador paulista, o conselho teria pouco poder de ação efetiva com tanta gente.

A criação do conselho foi anunciada no sábado após a reunião dos oito governadores do PSDB em Belo Horizonte (MG).

Além de Serra, o conselho contaria com as presenças do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

O conselho político do PSDB surgiu como proposta para se construir um acordo em torno da reeleição de Sérgio Guerra (PE) como presidente nacional do partido.

Ele tem como principal aliado o ex-governador de Minas Gerais.

No começo do ano, Guerra articulou dentro da bancada do PSDB na Câmara a realização de um abaixo-assinado em favor do seu nome.

Surpreendidos, Serra e seus aliados reclamaram da ação.

O senador Aloysio Nunes (SP) chegou a dizer que tratava de um “erro crasso” de Guerra.

Concorrência O motivo oficial para viagem de Serra a Brasília é o seminário do PSDB sobre reforma política marcado para quinta-feira.

Segundo sua assessoria de imprensa, ele deve, no entanto, chegar na capital com um dia de antecedência.

O fato de o ex-governador de São Paulo cogitar antecipar sua chegada para quarta-feira foi interpretado como uma forma de tentar ofuscar o discurso de Aécio Neves no Senado.

Ele falará da tribuna a partir das 15 horas.