No G1 Alvo de quatro representações na Corregedoria da Câmara, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi notificado nesta quarta-feira (6) pelos servidores do órgão a apresentar defesa para as acusações suposta prática de racismo e homofobia, decorrentes das declarações a um programa humorístico de TV.

Bolsonaro confirmou o recebimento da notificação: “Recebi a notificação, assinei, e agora tenho o prazo de cinco sessões para me defender”.

A partir da notificação, o deputado do PP tem cinco dias para apresentar seus argumentos.

Além das quatro representações já existentes, outros dois pedidos de investigação sobre a conduta do deputado devem ser anexados ao processo único que será comandado pelo corregedor Eduardo da Fonte (PP-PE).

Estudantes realizam protesto na Câmara contra Bolsonaro As representações contra Bolsonaro foram apresentadas por deputados, pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara e pela Secretaria de Igualdade Racial da Presidência da República.

O deputado afirmou que as acusações “se resumem a racismo e homofobia” e que não terá problemas para se defender.

Ele informou que pretende apresentar sua defesa antes do prazo final estabelecido.

O deputado do PP causou indignação nacional por classificado como “promiscuidade” a possibilidade de seu filho se relacionar com uma mulher negra em resposta à apresentadora e cantora Preta Gil.

Na mesma entrevista, o deputado fez também ataque a homossexuais e disse que torturaria seu filho se o pegasse fumando maconha.

A Corregedoria da Câmara tem 45 dias para analisar o caso e decidir se envia o caso ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para a abertura de um processo que pode até levar à cassação do mandato de Bolsonaro.

Mais cedo, o deputado do PP foi alvo de protestos na Câmara.

Cerca de 20 estudantes e representantes de movimentos sociais protestam na Câmara contra o deputado.

Eles entraram no Anexo 2 da Câmara gritando “fora, Bolsonaro”.

Bolsonaro ironizou os estudantes: “Muito bonito o cartaz”.

Depois, afirmou que “isso [O PROTESTO]é liberdade de expressão, mas se sou eu que faço, é racismo”. “Vieram aqui para provocar, mas não vou cair em provocação”, concluiu.