Foto: Andre Dusek/ Agência Estado Breno Costa e Fernanda Rodrigues, da Folha de São Paulo O vice-presidente Michel Temer é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal sob a suspeita de participar de um esquema de cobrança de propina de empresas detentoras de contratos no porto de Santos (SP).

O caso chegou ao Supremo em 28 de fevereiro e na semana passada seguiu para a apreciação da Procuradoria-Geral da República, que poderá determinar a realização de novas diligências.

A Folha teve acesso ao inquérito, que está no STF porque Temer tem foro privilegiado como vice-presidente.

Os documentos do caso informam que os crimes sob investigação são corrupção ativa e corrupção passiva.

A Procuradoria da República em Santos pediu que o caso fosse remetido ao tribunal em 15 de setembro, durante a campanha eleitoral.

Presidente nacional do PMDB, Temer já havia sido escolhido para formar chapa com Dilma Rousseff (PT).

No texto enviado ao STF, a procuradora Juliana Mendes Daun diz que “Temer figura efetivamente como investigado neste apuratório”.

O vice-presidente nega ter recebido suborno e critica o trabalho da polícia e da procuradora.

Em 2002, o então procurador-geral da República Geraldo Brindeiro determinou o arquivamento de um processo administrativo preliminar sobre o caso.