O jogador Ciro do Sport virou alvo de homofobia durante o clássico contra o Santa Cruz, na Ilha do Retiro, no domingo, 3.
Os tricolores gritaram em coro: “Boi, Boi, Boi.
Boi da cara preta, pega Ciro gay que tem medo de b…
A agressão foi motivada por rumores sobre a sexualidade do jogador e pela brincadeira que se fez com o Sport depois que o clube pagou um boi para um pai de Santo.
O diretor da Inferno Coral, Rogério Guedes, informou que a atitude não partiu da torcida organizada do Santa, mas sim do torcedor comum. “É o torcedor comum que canta.
Não pode existir. É errado” disse ele.
O representante da torcida tricolor revelou também que, caso um dos jogadores do Santa fosse gay, não haveria preconceito contra o atleta. “Se ele jogasse futebol, tudo bem.
Ele tem que fazer o papel dele dentro de campo” explicou Rogério.
O Assessor de Diversidade do Governo do Estado, Rildo Veras criticou o comportamento da torcida do Santa Cruz. “A propagação do preconceito é um tipo de violência.
O futebol só existe por causa das diferenças, das torcidas diferentes, do adversário.
Esse comportamento é uma violência que não deve acontecer.” Veras decidiu que vai encaminhar um requerimento para a Inferno Coral pedindo para que gritos de guerra que sejam homofóbicos não se repitam mais nos estádios.
Junto com o requerimento será enviado também material educativo de promoção do respeito das pessoas de orientação sexual diferente. da Redação do Toda Forma de Amor