Eduardo Campos diz que Kassab nunca foi ‘antagônico’ ao governo DA REUTERS O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, confirmou nesta terça-feira que PSB e PSD, partido anunciado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, estarão coligados na eleição municipal de 2012.

Aliado do Planalto, Campos disse que Kassab nunca teve uma postura “antagônica” junto ao governo federal.

Em rápida visita à capital paulista para se reunir com empresários, entre eles o presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini, o governador, que preside o PSB, afastou uma propalada fusão com o PSD. “Na verdade, sempre foi isso [coligação para 2012].

Da minha parte você nunca me viu falar nem em ‘on’ nem em ‘off’ desta questão da fusão”, disse Campos. “A nova legenda vai disputar a eleição municipal e onde for possível estará junto com o PSB”, reiterou.

O interesse principal de Kassab na aliança com o PSB, segundo Campos, é garantir tempo de TV para a nova sigla nas eleições municipais. “Sempre foi nesta direção que nós trabalhamos”, disse.

Foram dois encontros com Kassab, sendo que apenas no primeiro Campos ficou sabendo que o prefeito e seu grupo iriam criar um novo partido.

Até então, o governador acreditava que o destino seria o PMDB.

Segundo Campos, a sigla servirá para abrigar parlamentares que se encontram “mal situados” nos partidos em que atuam.

Apesar de pertencer ao DEM e de sua forte ligação com o tucano José Serra (SP) –opositor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e adversário da presidente Dilma Rousseff nas urnas– Kassab é visto por Campos como colaborador do governo federal.

O prefeito vem afirmando que o PSD dará apoio a Dilma. “Não muda nada na relação que o próprio Kassab teve no DEM com o governo do [ENTÃO]presidente Lula e com a nossa base.

Ele já tinha essa relação de colaboração, de proximidade com o governo, nunca foi uma relação estressada, antagônica”, declarou.

Na reforma política, que está sendo debatida no Congresso, Campos defende mandato de cinco anos para os cargos do Executivo sem direito à reeleição e coincidência de eleições em um mesmo ano.

As novas regras valeriam apenas para os próximos eleitos, garantindo a fórmula atual para quem já está em seus cargos.

Indagado se esperaria o término de um segundo mandato de Dilma para se candidatar à Presidência, Campos foi vago. “Não tenho esse problema não”, respondeu.

De esperar? “Não, de ser candidato”, afirmou o governador, reeleito com 82% dos votos no ano passado.