Por Thiago Henrique dos Santos, Médico Residente de Medicina de Família e Comunidade - UFPE Ao que parece, o sr.
Antônio Carlos Figueira utiliza-se de dois pesos e duas medidas diferentes ao tratar de seus negócios pessoais (com o IMIP), e no tratar do que é público, enquanto Secretário Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco.
Pra um, se cobra eficência, eficácia e modernização; pro outro, o trato é com descaso, fazendo assim com que a opinião geral seja de que as Instituições Públicas são ineficientes e incapazes.
Está sendo assim no trato com vários de nós, médicos residentes que recebem sua bolsa pela Secretaria Estadual de Saúde.
Dentre nós, que literalmente “carregamos o piano nas costas” dos mais variados serviços de Saúde do Governo Estadual, vários estão com as Bolsas atrasadas há 2 meses, existindo relatos (de prórios funcionários da SES) de residentes com até 4 meses de atraso no recebimento de suas bolsas.
Além dos residentes, informações dão conta que vários servidores também estão com atraso nos seus recebimentos.
Esta situação é insustentável, pois além do valor da bolsa ser irrisório frente a carga horária que nos é cobrada (60h semanais), ainda não nos é permitido ter outro vínculo empregatício, e desta forma limitando nossa renda ao valor da bolsa.
Muitos são forçados a procurar trabalho com vinculos precarizados a fim de complementar sua renda. É desta forma que a Secretaria Estadual de Saúde vem tratando seus quadros profissionais e futuros profissionais.
De um lado o descaso, do outro a responsabilização cada vez maior com a “Coisa Pública”, ao entregar a Saúde do Estado à iniciativa Privada.