ATUALIZADO ÀS 17H30 Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo Fernando Freire é engenheiro agrônomo, com pós-doutorado pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.

Foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), até 2008.

Fernando não tem filiação partidária.

A Fundação Joaquim Nabuco é ligada ao Governo Federal.

BLOG - Como foi feita a escolha do seu nome para assumir a Fundaj?

O ministro [da Educação, Fernando Haddad] estava precisando de nomes de Pernambuco ligados às universidades.

Então, eu fui escolhido.

BLOG - Nem mesmo uma aproximação com algum partido, que poderia contribuir para uma indicação?

Não.

A minha indicação veio de profissionais e dirigentes da área de educação, como os reitores pernambucanos.

BLOG - A escolha de um nome mais técnico pode sinalizar uma mudança no perfil da Fundaj, uma vez que o atual presidente Fernando Lyra, irmão do vice-governador João Lyra Neto, representou uma indicação política?

De certa forma, é uma mudança.

Não dá para negar.

Não sei dizer como essa “disputa” ocorreu dentro dos partidos, por não ter envolvimento nessa área, como já mencionei.

Mas a mudança é clara.

Eu tenho outro perfil, sou um acadêmico, venho de outra trajetória.

Acho que o próprio ministro Fernando Haddad pensou em promover essas alterações na Fundaj.

Faz parte da diretriz de aproximação com as universidades locais.

BLOG - O senhor já teve experiências ligadas à educação, na UFRPE.

No entanto a sua área de formação (agronomia) é totalmente diferente das áreas abarcadas pela Fundaj, como Cultura e Documentação.

Como o senhor pretende lidar com esse desafio?

De fato, são áreas bem diversas, mas não vejo problema nenhum nisso.

A Fundação tem um corpo técnico muito bom, gente muito qualificada.

A minha parte vai ser coordenar essas diretorias.

E isso é muito semelhante às funções que eu já desempenhei.

BLOG - Já tem alguma prioridade para a Fundação?

Já estou me reunindo com o atual presidente, Fernando Lyra, para saber dos detalhes da Fundação.

O que eu sei, por enquanto, é que quero que a Fundaj se aproxime mais das universidades.

Temos que firmar parcerias, como programas de mestrado profissional.

Existem muitas mudanças acontecendo no Brasil, e em especial, no Nordeste.

A Fundaj tem que acompanhar essas mudanças.

Precisa aparecer mais.

BLOG - O senhor vai acumular as funções de presidente da Fundaj e professor da UFRPE?

Não.

O ministro conversou com o reitor, para que eu pudesse me dedicar exclusivamente a Fundaj.

Atualmente, dou aula na pós-graduação, mas me afastarei da atividade docente enquanto estiver no exercício da presidência.

BLOG - É o maior desafio de sua carreira? É um grande desafio, sim, mas acredito que eu esteja preparado.

Durante o período que fui pró-reitor, tive muito contato com pesquisadores e com os projetos.

BLOG - Uma queixa muito comum dentro da Fundação é quanto à burocratização dos processos, que acaba dificultando o andamento de pesquisas.

Como o senhor pretende lidar com isso?

Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para agilizar esses processos.

Mas isso ainda tem que ser acertado na Fundaj, quando assumir.

BLOG - Qual a sua agenda para as primeiras semanas?

Vou visitar todas as diretorias da Fundação, para saber das necessidades de cada local.

BLOG - E quando vai ser a cerimônia de posse?

A data ainda não está definida.

Quero contar com a presença do ministro Haddad.

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