Marcelo Remígio, em O Globo RIO - Duas toneladas de cocaína foram apreendidas, 35 pessoas foram detidas e 22 imóveis acabaram confiscados durante operação conjunta entre Brasil e Bolívia de combate ao tráfico internacional de drogas.

A ação, batizada de Operação Brasil-Bolívia (Brabo), começou na segunda-feira e se estendeu até esta quarta-feira na cidade boliviana de Puerto Suárez, na fronteira com Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Também nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, firmou novos acordos de cooperação com a Bolívia para o combate ao tráfico e sobrevoou áreas de plantio de coca que estão sendo destruídas pelo governo local.

Além da droga, foram recolhidas armas e carros.

A cocaína e os bens apreendidos, incluindo os imóveis, foram avaliados em US$ 5,8 milhões.

A ação também coibiu o tráfico de pessoas e animais silvestres e reuniu Polícia Federal, Ministério da Justiça, Força Nacional de Segurança, Forças Armadas e órgãos de segurança da Bolívia.

O novo acordo assinado por Cardozo prevê o uso de avião não tripulado - de fabricação israelense e integrado à frota da PF há dois anos - para a fiscalização da fronteira, rastreamento das comunicações e monitoramento do deslocamento de traficantes.

O acordo também incluiu, por parte do Brasil, treinamento e capacitação de policiais e militares bolivianos e o financiamento de equipamentos.

De acordo com as informações de órgãos de segurança da Bolívia, o Brasil é o principal mercado para a cocaína produzida naquele país.

A droga é enviada pelo tráfico brasileiro para mercados da Europa e África.

A fronteira entre os dois países tem 3.100 quilômetros.