Eduardo Bresciani, do Estadão No dia seguinte a um grupo de deputados iniciar um movimento pedindo sua punição, Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou a fazer declarações polêmicas ao chegar para o velório do ex-vice-presidente José Alencar no Palácio do Planalto.

Desta vez o alvo foi o preferido do parlamentar, o movimento gay. “Estou me lixando para o movimento gay.

O que eles têm para oferecer?

Casamento gay?

Adoção de filho por gay?

Nada disso acrescenta nada”, disse Bolsonaro.

Na tarde desta quarta-feira, 30, a OAB-RJ protocolou representação na Câmara por quebra de decoro parlamentar contra o deputado, por considerar as declarações de teor homofóbico e racista.

No texto, o presidente Wadih Damous solicita a apuração do episódio e a aplicação de sanções cabíveis, que podem levar à cassação de Bolsonaro.

O deputado voltou a afirmar que houve um erro na sua resposta a Preta Gil no programa CQC da TV Bandeirantes.

No programa, o deputado tratou como “promiscuidade” a possibilidade de seu filho se casar com uma negra. “Eu fui entrevistado por um laptop.

Minha resposta não foi àquela pergunta.

O que eu entendi, por Deus do céu, era o que eu achava de um filho casar com gay”.

O parlamentar disse não ter medo da ação de seus adversários que pediram uma investigação contra ele na Corregedoria da Casa. “Soldado que vai a guerra e tem medo de morrer é covarde”.