CRISE DO INSTITUTO MÉDICO LEGAL DE PERNAMBUCO (IML-PE) São notáveis as dificuldades encontradas pelos profissionais do Instituto Médico Legal de Pernambuco (IML), é notável também, que tais profissionais são mal remunerados pelas atividades que desenvolvem.

No final, a população POBRE é quem mais sofre.

O IML de Pernambuco é uma vergonha para nosso Estado; podemos citar como bom exemplo, o caso do acidente da Air France (Voo AF447), ocorrido no dia 1° de Junho de 2009.

Alguns dos corpos foram trazidos para o IML Recife e foi alvo dos noticiários diários das emissoras de televisão do Brasil e do Mundo.

As reportagens mostravam claramente o despreparo do IML para situações extremas, além do visual do prédio que é péssimo.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem fez constar em seu texto que ninguém será submetido a tratamento desumano e degradante (art. 5º).

Já o art. 7º declara, que todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.

Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Será que nossos Governantes e as pessoas em geral estão respeitando tais princípios legais?

Podemos constatar que não!

Os pobres no Brasil não podem nem morrer com dignidade, mesmo mortos, são vítimas do tratamento desumano e desleal perante seus familiares que por muitas vezes, não tem ferramentas suficientes para exigirem seus direitos, certamente, isso ocorre pelo fato de pertencerem a uma classe mais baixa da hierarquia social.

Embora não seja uma particularidade do Brasil, vivemos em um país em que as pessoas são classificadas de acordo com o modo de se vestir, de falar, pela cor, raça, pelo poder de capital etc.

Um exemplo claro que comprova as discrepâncias sociais existentes no Brasil é o caso da morte do nosso ex-vice-presidente Sr.

José Alencar, ocorrida no último 29 de março.

Em menos de 24 horas o corpo já se encontrava pronto para o velório, com honras militares e tudo aquilo que um representante de Governo tem direito, ou seja, direito a dignidade humana.

Não pretendo dizer que o tratamento que foi dado ao Sr.

José Alencar seja incorreto, pelo contrário; quero que sirva de exemplo de qualidade para todos.

Apenas estou externalizando minha insatisfação com o tratamento dado aos familiares que utilizam os serviços do IML Pernambuco.

Para finalizar, ficam aqui algumas perguntas: Como ficam os princípios da Dignidade Humana?

Será que alguém está sendo submetido a tratamento desumano e degradante?

Será que todos são iguais perante a lei?

Reflita e exija seus direitos!

Edvaldo Trindade Acadêmico de Administração Recife, 30 de março de 2011.