Giselle Mourão, do Contas Abertas Ainda faltam três anos, mas problemas com os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 estão cada vez mais expostos na mídia brasileira.

O alerta com os custos elevados e a ineficácia dos órgãos públicos estão sendo questionados pela imprensa quase que diariamente.

Em entrevista para o jornal O Globo, o atual presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e de Governança Metropolitana do Rio de Janeiro, Sérgio Besserman, afirma que o Brasil deve buscar nota dez em transparência. “Isso não é só para garantir uma boa gestão de recursos, mas para valorizar a marca”, diz.

Sérgio, que também é economista e ambientalista, informa que o financiamento público pode não ser um bom negócio. “A Copa e as Olimpíadas são uma grande oportunidade, capaz de atrair investimento privado, e a competição gera um produto melhor.

Com o tempo, seria interessante viabilizar maior presença do capital privado, nacional e estrangeiro”, explica.

Besserman vê a oportunidade de sediar jogos tão importantes como um legado para o Brasil e o Rio de Janeiro. “A marca do Rio é ligada à sustentabilidade.

Os olhos do mundo estarão voltados para cá.

Acredito que faremos os eventos com eficiência, mas não sei se seremos capazes de trabalhar com um grau de satisfação para o que é mais valoroso no século XXI.

Isso vai depender dos governos, do empresariado, da sociedade”, diz.

Em relação ao andamento dos projetos, o economista explica que de modo geral, eles atendem aos certificados estrangeiros. “Nós precisamos apresentar bons planos, algo que inclua a originalidade brasileira”.

Para ele, o papel da sociedade para firmar a marca também é fundamental. “É preciso que a população se sinta mais dona da Copa e das Olimpíadas.

Há atores engajados, que cobram, fiscalizam e fomentam discussão.

Não é possível fazer eventos extraordinários sem o engajamento dos brasileiros”, conclui.