Da Agência Brasil A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a Lei da Ficha Limpa só valerá a partir das eleições de 2012, quando serão eleitos prefeitos e vereadores em todo o Brasil, dividiu a opinião de parlamentares na Câmara.

Para o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SÇP), a Corte acertou ao tomar essa decisão.

Já o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), criticou o voto do novo ministro da Corte, Luiz Fux, que em seu primeiro julgamento votou contra a validade da lei para as eleições do ano passado. “O ministro Luiz Fux, no seu primeiro voto importante, frustou a expectativa de toda a sociedade brasileira e jogou por terra a validade de um projeto de iniciativa popular.

Isso é um golpe contra aqueles que lutaram pela melhoria da qualidade na política.” “Acho que decisão do Supremo não se discute.

Mas, nesse caso, o STF acertou em cheio.

A lei não pode retroagir para prejudicar”, disse Vaccarezza.

A Lei da Ficha Limpa foi aprovada no ano passado pela Câmara e pelo Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De iniciativa popular, o anteprojeto da Lei da Ficha Limpa recebeu mais de 2 milhões de assinaturas.

A proposta apresentada à Câmara sofreu alterações até ser aprovada e sancionada.

Só que ela foi sancionada há menos de um ano do pleito eleitoral de outubro de 2010.

Por isso, o STF foi questionado se essa lei valeria para as eleições do ano passado.

Houve um impasse na Corte, que estava com um ministro a menos.

Nas deliberações com dez ministros, o resultado foi de 5 votos a 5.

Com a nomeação do novo ministro, chegou ao fim a discussão em torno da validade da lei.

Segundo o STF, ela não pode ser aplicada para as eleições de 2010.

Só valerá para 2012.