O advogado e escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho, ao escrever a biografia do poeta Fernando Pessoa, acabou por fazer uma obra mediúnica.

Na apresentação do trabalho, ele diz que viu o fantasma do português, numa visita à Lisboa. “Tanto que o vi no Chiad, próximo à esquina da Livraria Bertrand.

Amigos juraram que não era ele.

Esses, coitados, nada conhecem de fantasmas”, escreve.

Na obra, o escritor explica que começou a se interessar por fazer o livro quando pretendeu saber quantos foram os heterônimos do escritor português.

Acabou fazendo a biografia de todos eles, 127.

Diz que eram suas máscaras, a do poeta.

Em um caso parecido com obssessão, Zé Paulo percorreu alfarabistas em busca de edições raras e livros sobre Pessoa.

Só em um deles, gastou 10 mil Euros de uma vez em livros.

Por outros 10 mil Euros, levou a coleção de selos do poeta.

Esses objetos estarão na exposição que será inaugurada nesta quinta-feira, no Centro Cultural Correios, do Rio de Janeiro, em paralelo ao lançamento do livro sobre o poeta.

A relação de objetos em exposição inclui até o livro Sonetos Escolhidos, de Bocage, último livro que Pessoa levava no bolso do pijama para o hospital São Luis dos Franceses, onde morreu em 30 de novembro de 1935.