Da assessoria Trabalhadores e trabalhadoras rurais, de áreas de assentamentos acompanhados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), na região da Mata Norte do estado, encontram-se acampados na sede do Instituto Nacional de colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Recife.

Os agricultores e agricultoras, que ocuparam o Incra na manhã de hoje, dia 21, cobram do Instituto agilidade nos processo de liberação de créditos para habitação, além de denunciarem o descaso do Estado com a Reforma Agrária.

As famílias dos assentamentos Nova Canaã, Ismael Felipe, Chico Mendes I e II, desde 2005 reivindicam do INCRA a liberação de credito habitação e sofrem com o descaso e a burocracia para verem suas casas construídas.

De acordo com Mariana Fernandes, trabalhadora rural, atualmente são cerca de 60 famílias que estão sem habitação.

A trabalhadora rural ressalta que as famílias moram em casas de taipa e de lona, sob péssimas condições.

Além disso, eles reivindicam a solução de outros problemas de infra-estutura, assistência técnica e liberação de créditos.

Os agricultores e agricultoras foram recebidos por representante do INCRA, que na ocasião afirmou que, em documento interno assinado pelo presidente do Instituto, a ordem é suspender todas as atividades e viagens das equipes às áreas por falta de verba.

Ainda assim, afirmou que o INCRA irá se comprometer em enviar uma equipe aos assentamentos, na próxima quarta-feira, dia 23, e dar encaminhamento ao processo necessário para a construção das casas.

Os trabalhadores e trabalhadoras, em assembleia realizada no órgão, no fim da manhã de hoje, definiram por permanecer acampados no Instituto até que o problema seja resolvido. “A gente tem que dizer para o Brasil todo que o trabalhador está cansado de ser enganado.

Não sairemos daqui até que uma comissão do Incra vá nos assentamentos resolver os problemas”, afirmou o trabalhador rural José Cicero de Melo, do assentamento Chico Mendes I.

Uma nova reunião, desta vez com o superintendente do INCRA, Abelardo Siqueira, será realizada com o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras hoje a tarde, a partir das 15h, na sede do Instituto.