Entre 2007 e 2010, a Agência Ambiental do Estado (CPRH) deferiu mais de 30 mil licenças ambientais e emitiu menos de três mil multas.

Os dados - que constam em relatório de gestão dos servidores - foram levados ao plenário da Assembleia Legislativa pelo deputado Daniel Coelho, que se mostrou preocupado com a falta de estrutura e de atuação do órgão, que enfrenta hoje uma paralisação de advertência. “Os números valem uma reflexão.

São um claro sinal de que realmente há pressão para liberação das licenças, como os servidores denunciam, e de que as condições de trabalho não estão adequadas”, declarou Daniel Coelho. “Dos cerca de 280 servidores da agência, 165 participam da paralisação, na qual destacam sua impossibilidade de trabalhar por falta de equipamentos, isso é muito grave”.

Com informações dos próprios servidores e do Sintape (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente de Pernambuco), o parlamentar afirmou que “a Área de Preservação Ambiental de Guadalupe, em Tamandaré, é uma das reservas que não é fiscalizada há anos porque a CPRH não tem um barco e, na sede da empresa, alguns empregados precisam até se revezar nas salas por falta de cadeira e computador”.

O deputado sugeriu que a Comissão de Meio Ambiente da Alepe receba um grupo de servidores para analisar a situação da CPRH e buscar soluções. “Eles nos informaram que tentaram audiência com o secretário de meio ambiente, mas não foram recebidos.

Precisamos intermediar essa questão”, apelou. (Da assessoria do parlamentar)