Por Waldemar Borges, especial para o Blog de Jamildo Ontem realizamos em Petrolina a primeira reunião do novo ciclo do Seminário Todos Por Pernambuco.
Essas discussões, que ocorrerão em onze Regiões de Desenvolvimento (RDs) do estado, respondem por um dos principais compromissos do Governo Eduardo Campos: o de realizar uma gestão verdadeiramente democrática, na qual a população possa interagir diretamente com o Executivo, levando suas prioridades e apresentando sugestões de como enfrentar os problemas que identifica como mais graves.
Na reunião de ontem, por exemplo, tivemos mais de oitocentos participantes, muitos representando as 198 entidades que se fizeram presentes.
Da parte do Governo, lá estavam vinte secretários, além do próprio governador, que participa dos trabalhos ao longo de todo o dia.
Na parte da manhã, os participantes se dividem em grupos temáticos (educação e cultura, saúde, infraestrutura, desenvolvimento social, segurança, desenvolvimento econômico e sustentável) e, à tarde, levam ao plenário o resultado dos debates, com os respectivos encaminhamentos, para uma discussão coletiva dos pontos levantados.
São momentos de grande riqueza, principalmente em função da pluralidade do universo e do nível de profundidade das intervenções.
O que se vê nesses debates são membros de sindicatos rurais, integrantes de entidades patronais, artistas, profissionais liberais, agentes políticos de diversos segmentos, todos desenvolvendo esforços para equacionar questões, algumas comuns, outras mais específicas, que representam as dificuldades mais sentidas pelos que fazem a região.
Na mediação do debate, um governo que sabe transformar, dentro dos limites de uma realidade orçamentária explicitada e com inarredável senso de responsabilidade e muito pé no chão, as sugestões levantadas em ações incorporadas ao seu planejamento e, em seguida, levadas ao dia-a-dia das pessoas.
A novidade aqui não é exatamente a metodologia, nem mesmo o entendimento de que a democracia, além de ser um valor universal estreitamente vinculado à justiça social, é também uma ferramenta de eficácia administrativa, que permite fazer mais, com menos recursos e menor riscos de dispersões.
Mas isso só funciona se o governo acreditar verdadeiramente nesse caminho.
Esse é o diferencial. É a população ver, no seu cotidiano, os resultados das discussões.
E ver um governador e vinte secretários empenhados, o dia todo, no debate.
Ai a coisa embala e, assim, como ocorreu na primeira gestão de Eduardo Campos, os avanços começam a acontecer.
Waldemar Borges é deputado e líder do Governo na Assembléia Legislativa de Pernambuco.