O Ministério Público do Trabalho mantém marcada a audiência desta segunda-feira (21), às 9h, na sede, com as partes envolvidas nas negociações da refinaria.
A audiência será conduzida pelos procuradores Fábio Farias e Waldir Bitu Filho.
Mesmo diante da negativa dos trabalhadores a proposta apresentada em assembleia na quinta (17), o MPT acredita na possibilidade de se chegar à solução do conflito sem que seja preciso a judicialização do caso.
Na avaliação dos procuradores, o acordo é possível visto que ao longo do mês em que os pleitos foram negociados entre comissão de trabalhadores e empresas se conseguiu avanços consideráveis, avaliando a totalidade da pauta de reivindicações, sendo apenas impasses as questões das horas extras aos sábados e do vale-alimentação.
As horas extras aos sábados são remuneradas atualmente em 70%.
O consórcio sugeriu 75%.
O MPT sugeriu 80%, aceitos em audiência pelas partes, mas rejeitados em assembleia de trabalhadores.
Eles querem 100%.
Sobre o vale alimentação, hoje em R$ 80, o MPT propôs R$ 130, valor também rejeitado pela categoria, que pede R$ 160.
Diante dos últimos acontecimentos, que sugerem ser uma nova paralisação na obra, os procuradores lembram que a condição em que esta mediação começou teve como ponto de partida a retomada e a manutenção dos trabalhos.
Tanto que, antes mesmo que as propostas do MPT fossem apresentadas à categoria na quinta (17), a audiência da segunda-feira (21) já estava marcada, independentemente da resposta dos trabalhadores às propostas.