Davi Barboza e Felipe Lima, do Jornal do Commercio Terremoto, tsunami, risco nuclear.
A sucessão de catástrofes que assola o Japão, terceira maior economia do mundo, estremeceu as engrenagens econômicas do planeta.
E o Brasil não ficou de fora.
O fornecimento de componentes eletroeletrônicos de alta tecnologia (chips, placas de memória para computadores e pen drives, telas de LCD para TVs, etc.) está em xeque, ameaçando a saúde desse setor industrial brasileiro.
Além disso, as exportações de produtos nacionais para os japoneses estão suspensas, pois, com estradas e portos devastados, não há condições de receberem algumas mercadorias.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto e Castro, explica que a região sul do Japão não irá suportar todo o desembarque de importações.
Além disso, argumenta que as indústrias em funcionamento deverão reduzir o ritmo de produção, pois não se sabe até quando haverá racionamento - 36% da energia consumida pelos japoneses é nuclear e, até agora, três das 54 usinas foram desligadas. “Se isso ocorrer, a compra de insumos e matérias-primas vai sofrer impacto.
No caso do Brasil, a principal suspensão é aquisição de minério de ferro.
O Japão é o segundo maior comprador (ver arte ao lado).
Em 2010 foram US$ 3,2 bilhões.
No entanto, é natural que a China abasteça o processo de reconstrução do Japão com produtos de aço e isso faria com que eles aumentassem as importações de minérios.
Em resumo, no médio prazo, o Brasil se beneficiaria indiretamente”, contrapôs Castro.
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