Adriano Ceolin, do iG Fora do DEM, o projeto do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de criar um novo partido também começa a perder força.

Neste fim semana, ele planejava lançar o manifesto em favor do Partido Democrático Brasileiro na Bahia e em Amazonas.

Neste último Estado, no entanto, o evento foi cancelado.

A decisão foi tomada pelo governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), que cogitava aderir ao novo partido de Kassab. “O governador me telefonou dizendo que terá uma outra agenda e que a reunião não será realizada”, afirmou o senador Sérgio Petecão (PMN-AC) ao iG. “Acho que a coisa do partido novo murchou”, completou.

Petecão afirmou que também planejava entrar no novo partido moldado por Kassab. “Conversei com ele antes do Carnaval.

Estava pensando no assunto”, disse o senador do PMN. “O problema é que só foi essa conversa.

Nunca mais ele voltou a falar comigo”, completou o senador que integra a base aliada do governo no Congresso.

Segundo iG apurou com fontes no Amazonas, Aziz tomou a decisão de permanecer no PMN após consultar o senador e ex-governador Eduardo Braga (PMDB-AM), que mantém boa interlocução no Palácio do Planalto.

De acordo com um interlocutor do governador, Braga avalia que é melhor Aziz permanecer sob a órbita do PMDB que de Kassab.

Na terça-feira, Aziz acompanhou por telefone o desenrolar na convenção do DEM que escolheu José Agripino (RN) como novo presidente do partido.

O governador do Amazonas ficou desanimado ao saber que aliados próximos do prefeito Kassab (como o deputado federal Rodrigo Maia do DEM-SP) decidiram permanecer no partido.

Até a noite de terça-feira, o prefeito ainda não havia falado com Agripino.

Nesta quinta-feira, o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) e o deputado Eduardo Sciarra (PR) devem se encontrar com Kassab após uma cerimônia na Federação dos Bancos do Brasil (Febraban).

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) perdeu o apoio do governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN) Apesar do revés no Amazonas, Kassab tem a garantia de que haverá no domingo, em Salvador, o lançamento do manifesto de criação do novo partido na Bahia.

O principal aliado do prefeito paulistano no Estado é o vice-governador Otto Alencar (PP). “Vamos fazer um grande manifesto aqui em Salvador para a criação do novo partido”, disse Alencar ao iG.

Alencar contou que precisa trazer para o partido diversos aliados que atualmente se encontram em siglas oposicionistas.

Ele cita como exemplo o próprio irmão Eduardo Alencar, que é prefeito de Simões Filho (região metropolitana de Salvador). “Meu irmão está no PSDB e fez campanha para mim, para o Jaques Wagner (PT) e para a Dilma Rousseff (PT).

Por causa disso perdeu o controle do diretório municipal e corre o risco de ficar sem legenda para disputar a reeleição”, afirmou Alencar.

O vice tem o apoio do governador Jaques Wagner.

Um dos objetivos do petista é enfraquecer ainda mais legendas como o DEM, o PR e até o PMDB, partido do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima.

Ele disputou a eleição contra Wagner.