Por Antonio Moraes Muito se fala sobre os investimentos que devem ser feitos até 2014 para preparar o Recife e Pernambuco para a Copa 2014.

O projeto da Arena Pernambuco envolve cerca de R$ 500 milhões, só o estádio.

Todas as ações direcionadas para o torneio mundial de futebol devem significar um investimento de mais de R$ 1 bilhão.

O projeto envolve um montante alto que deve ter sua execução bem planejada.

Pernambuco só tem a ganhar com esse evento mundial.

A rede hoteleira será ampliada, milhares de empregos diretos e indiretos serão gerados, milhões movimentados na economia, sem falar da visibilidade em termos de mídia nacional e internacional.

Para se ter uma ideia do que significa essa divulgação espontânea a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, foi vista por cerca de três bilhões de pessoas em todos os continentes. É inegável que a maior parte dos fãs do futebol, jornalistas, atletas e turistas que chegarão a Pernambuco vão se instalar no Recife, que concentra a maioria dos hotéis do estado. É importante frisar que apesar do estádio ser localizado em São Lourenço da Mata, o acordo firmado com a Federação Internacional de Futebol , a Fifa, tem como subsede o Recife, e faz com que a capital pernambucana tenha muitas responsabilidades para a realização do evento.

Esse fato, sobretudo, diante da magnitude da Copa do Mundo me causa muita preocupação.

Um triste exemplo foi o que milhares de pessoas que foram ao Galo da Madrugada enfrentaram ao voltar para casa depois da folia.

Não havia táxis disponíveis, os ônibus, pra lá de lotados, muitas vezes não paravam nas paradas estabelecidas no centro do Recife.

Para piorar, a chuva chegou e com ela os problemas pioraram.

A cidade literalmente parou.

Quem optou por pegar o metrô sonhando em voltar para casa, enfrentou intervalos entre os trens de cerca de 20 minutos, uma realidade bem diferente de outras cidades do país, em que a espera não passa de 04 minutos.

Pessoas próximas a mim, só para citar um exemplo, tiveram que ir de metrô até o aeroporto para conseguir um taxi e voltar para casa.

Se Recife não consegue ter infraestrutura para dar conta de uma festa popular que já faz parte do calendário da cidade, imagina com um evento tão vultoso como a Copa do Mundo?

Ainda resta tempo para planejar. É preciso agir.

Caso contrário, a Copa pode deixar de ser uma grande oportunidade para virar um risco e fonte de prejuízo para a cidade, sua população e os milhares de turistas que aportarão por aqui.

Antonio Moraes Líder da Oposição