Com a presença de secretários municipais, representantes de empresas públicas, Ministério Público, Tribunal de Contas (TCE), vereadores e sociedade civil a audiência pública para tratar as obras inacabadas do Recife tratou do pacote de projetos urbanísticos da gestão municipal.
A vereadora Aline Mariano (PSDB), responsável pela reunião, apresentou um relatório com a situação de cada obra em curso ou a ser executada.
Também mostrou a resposta da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) ao seu Pedido de Informação acerca dos prazos, valores e execução das obras.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Obras, Amir Schvartz, apresentou um vídeo com as principais intervenções.
Justificou os atrasos nos calendários, alegando que qualquer obra urbanística está sujeita a problemas. “Reconhecemos que o prazo do Capitão Temudo não foi cumprindo, mas é bom esclarecer que, ao longo da execução, essa obra teve alguns problemas, como no próprio projeto concebido e as desapropriações”.
Quanto ao Parque Dona Lindu, disse que foi um “ligeiro atraso” devido a alguns aspectos.
Citou a paralisação por ordem judicial; paralisação por ordem do DRT e dificuldades na aquisição de equipamentos importados. “Mas convidamos todos para a sua inauguração, que está agendada para o dia 26 de março”.
O secretário justificou também a demora na conclusão da Avenida Norte.
Usou o mesmo argumento de que várias interferências prejudicaram o seu andamento. “Posteação da rede elétrica; da rede telefônica; da rede de esgoto e ações de desapropriação causaram atrasos”.
Quanto ao Capibaribe Melhor, disse que os parques já foram licitados e que aguarda apenas a avaliação do Banco Mundial. “Esperamos que até o final do mês, a ordem de serviço seja dada para iniciarmos essas obras.
Quanto a Via Mangue, o secretário também tentou amenizar os retardos e preferiu dar dados do sistema viário, que custará R$ 418 milhões.
Desses, R$ 331 milhões são de financiamento e R$ 87 milhões de contrapartida da PCR.
A parte de saneamento envolverá recursos de R$ 74,3 milhões e os habitacionais R$ 45,4 milhões. “A primeira etapa já foi concluída e as empresas já foram publicadas.
Nessa próxima sexta-feira teremos a abertura das propostas”.
Eveline Labanca, da Secretaria Especial de Gestão e Planejamento, assegurou que a gestão está fazendo sua parte rumo à positividade e ao crescimento. “Existem problemas, dificuldades, mas elas não prevalecem.
Com os atrasos ou não, as obras acontecem e estão sendo entregues à população”.
Ela acrescentou que é impossível ter 100% de controle do que vai ser executado, do ponto de vista técnico. “Sabemos que muitas vezes, devido até mesmo à complexidade da obra e mesmo da cidade, encontramos dificuldades.
O importante é que mesmo com os problemas as obras não estão deixando de ser feitas”.