Segundo pesquisa realizada no mês de fevereiro pelo SPC Atendimento da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), os homens representam 53% dos inadimplentes no comércio.
Com base nesses dados, as pessoas do sexo masculino, entre 31 e 40 anos, e as mulheres, de 21 a 30 anos, são os maiores negativados.
Esse estudo tem como objetivo traçar as características predominantes do devedor.
De acordo com o presidente da CDL-Recife, Eduardo Catão, a pesquisa também vai servir para os comerciantes direcionarem as campanhas das lojas. “Os lojistas podem focar em um determinado segmento para estimular a recuperação de crédito”, comentou.
De acordo com o levantamento, 46% dos homens e 37% das mulheres entrevistadas pretendem fazer compras ao quitar o débito.
Eles querem gastar, principalmente, com eletrodomésticos (24%), roupas e calçados (17%), móveis (11%) e automóveis (10%).
Perfil do consumidor Dentre os pesquisados, 72% estão, atualmente, empregados.
Porém, para 45% dos consumidores, a falta de emprego, na época dos parcelamentos de compras, impediu a quitação das dívidas.
Grande parte deles trabalhava no comércio antes de perder o cargo.
Logo em seguida, para os homens, o motivo da inadimplência foi o descontrole de gastos, com índice de 21%.
Já no caso das mulheres, 13% se tornaram inadimplentes por terem emprestado o nome, se tornando fiador e avalista de alguém.
Dos produtos adquiridos, 44% dos entrevistados apontaram roupas e calçados como responsáveis pelo débito.
De acordo com o superintendente da CDL-Recife, Hugo Philippsen, o índice de renovação desses itens é muito maior.
A segunda colocação ficou com a telefonia móvel, com 16% da margem.
De acordo com o estudo, 33% dos entrevistados estão com o nome no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) há quatro anos. “Esse índice deve diminuir com a maior efetivação do emprego formal.
A pesquisa apontou que 73% das pessoas entrevistadas têm carteira assinada”, diz Philippsen.
A renda mensal familiar da maioria dos pesquisados está entre R$541,00 e R$1080,00.
Já em relação ao débito, 22% afirmaram estar devendo entre R$ 101 e R$ 200 em cada prestação.
Apenas, 9% dos consumidores têm uma prestação de até R$50,00 e 13% têm uma prestação de R$600,00.
Em relação ao ano passado, quando perguntado sobre a atual situação financeira, os consumidores avaliaram que houve uma melhora. “O momento positivo veio do acréscimo da renda, da consolidação do emprego formal, que possibilita uma tranquilidade na vida do consumidor.
A partir disso, eles começam a comprar mais”, declarou Hugo Philippsen.
Dos entrevistados, 30% afirmaram que a situação financeira permanece igual e 11% acreditam que houve uma piora.