Conforme antecipou o Blog de Jamildo, no começo da tarde, os conselheiros Fernando Correia e Severino Otávio comunicaram na sessão do Pleno que resolveram antecipar os seus pedidos de aposentadoria, embora pudessem ficar nos cargos até os 70 anos de idade, conforme previsto na Constituição.
Fernando Correia estava no cargo de presidente e se aposentadoria pela compulsória em outubro próximo e Severino Otávio, que era o presidente da Segunda Câmara, poderia permanecer no TCE até no ano de 2013.
Ambos, porém, já tinham tempo de serviço público acumulado para se aposentarem e deram entrada na manhã desta quarta-feira aos seus pedidos de aposentadoria, que serão publicados no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira.
Pelo que determina a Constituição, a vaga do conselheiro Fernando Correia será de livre indicação do governador do Estado e a vaga do conselheiro Severino Otávio será preenchida por um membro do Ministério Público de Contas (MPCO).
Com a chegada desse procurador ao Conselho, completa-se no TCE o “ciclo constitucional”: quatro vagas da Assembleia Legislativa (Tereza Duere, Carlos Porto, Marcos Loreto e Romário Dias), uma do quadro de auditores (Valdecir Pascoal) e outra do quadro de procuradores.
A lista tríplice com os nomes dos procuradores enviada pela presidente Teresa Duere ao governador Eduardo Campos obedece à ordem de antiguidade: Eliana Maria Lapenda de Moraes Guerra, Maria Nilda da Silva e Dirceu Rodolfo de Melo Júnior.
O Blog de Jamildo já antecipou mais cedo os escolhidos.
Conselheiros recebem homenagem dos colegas A antecipação dos pedidos de aposentadoria dos conselheiros Fernando Correia e Severino Otávio pegou o TCE de surpresa.
Eles participaram normalmente, ontem, da sessão do Pleno, e antes do seu encerramento pediram a palavra para fazerem uma breve comunicação.
O primeiro a fazê-lo foi Severino Otávio, presidente da Segunda Câmara, que após 24 anos, três meses e 10 dias no cargo de conselheiro, disse ele, resolveu dar entrada no seu pedido de aposentadoria.
Ele agradeceu aos colegas conselheiros, servidores da Casa e em especial aos assessores do seu gabinete pela colaboração que recebeu de todos durante o período em que esteve como conselheiro, pedindo que todos continuem zelando pelo nome da instituição visando a engrandecê-la ainda mais.
Logo depois, o conselheiro Fernando Correia passou a presidência à atual vice, Teresa Duere, para fazer as suas despedidas. “Comunico que também dei entrada no meu pedido de aposentadoria e gostaria de agradecer aos meus pares e servidores da Casa por terem convivido comigo durante todo esse tempo (22 anos)”.
DESPEDIDAS - Todos os conselheiros e auditores substitutos que estavam na sessão prestaram homenagem aos dois colegas que requereram aposentadoria.
O primeiro foi o conselheiro Carlos Porto, diretor da Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães.
Ele disse que “é motivo de perda para o TCE” a saída dos dois conselheiros, que honraram e dignificaram a Casa durante os mais de 20 anos em que nela permaneceram.
E que, oportunamente, ela os homenageará.
As palavras de Carlos Porto foram endossadas pelos conselheiros Teresa Duere e Marcos Loreto.
Teresa referiu-se a Fernando Correia e Severino Otávio como “construtores deste Tribunal”, e enalteceu a colaboração dada por ambos à unidade do Conselho e a convivência amistosa e fraterna que sempre tiveram com os colegas. “A gente não se despede apenas dos conselheiros, mas também dos amigos e, para mim, que cheguei aqui depois de ambos, é muito importante agradecer pelo lado do querer bem.
Aqui me senti bem como gente e também como pessoa”, frisou a conselheira.
Marcos Loreto, ao prestar sua homenagem aos dois colegas, disse que os tinha como referência.
Fernando Correia, a quem teve oportunidade de conhecer quando ainda era garoto, pelo seu exemplo de “correção e honradez” em todos os cargos públicos que ocupou.
E Severino Otávio, a quem só conheceu depois, pela forma “correta e franca” com que sempre se portou no cargo de conselheiro.
ELOGIOS - Os auditores substitutos Ricardo Rios e Marcos Nóbrega, além do procurador geral Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, também se despediram dos dois conselheiros com palavras de elogio. “Cheguei aqui aos 23 anos de idade e portanto sou fruto desta Casa.
O fraterno amigo Fernando Correia e o amigo irmão Severino Otávio são dois esteios da minha vida profissional”, afirmou Dirceu Rodolfo. “Ambos foram meus mestres e uma importante referência em minha atividade de auditor”, completou Ricardo Rios. Último a falar, o auditor Marcos Nóbrega declarou-se honrado por integrar uma instituição que abrigou durante tanto tempo dois conselheiros de conduta absolutamente ilibada.