O coordenador do Instituto Pelópidas Silveira, Milton Botler, participou, na noite desta segunda-feira (14), do debate “Soluções para o caos urbano: discutindo o Plano de Mobilidade e Acessibilidade do Recife”, promovido pela Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB).
O evento aconteceu no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE.
Na ocasião, ele apresentou os estudos do Plano de Mobilidade da Cidade, criado pela Prefeitura do Recife, por meio do Instituto.
Milton Botler começou sua palestra explicando que o Plano de Mobilidade deriva do Plano Diretor do Município e que o objetivo dos estudos sobre mobilidade é responder a perguntas como: “A cidade tem como crescer e adensar?”, “Se pode crescer, tem como fazer isso de forma socialmente justa e ambientalmente sustentável?” e “Há como fazê-lo de maneira democrática e participativa?”.
No decorrer da explanação, o coordenador do Instituto Pelópidas Silveira demonstrou alguns caminhos que poderão ser tomados a partir do Plano de Mobilidade, como a modernização da infraestrutura viária para orientar o crescimento da cidade, além de projetos como o de expansão das ciclovias e ciclofaixas do município, utilização de B.R.T. (Bus Rapid Transit – metrobus com vias exclusivas, assim como os utilizados em Curitiba) e um sistema aquaviário de transporte. “A gente tem que parar de trabalhar a cultura rodoviária de cidade, ou seja, investir em circulação para veículos individuais e em transporte apenas para a população pobre”, ressaltou Milton Botler para um auditório lotado de urbanistas, geógrafos e estudantes.
Ele também falou sobre a importância desse tipo de discussão. “Agora estamos discutindo com uma corporação que tem expertise no assunto, por serem geógrafos, e discutimos formas de se deslocar pela cidade.
Isso é importante porque amplia o debate”.
A geógrafa Edvânia Torres, membro da AGB e professora do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE, compôs a mesa de debates com Milton Botler e o professor e geógrafo Jan Bitoun.
Ela falou sobre o trabalho realizado pelo Instituto Pelópidas Silveira. “A questão mais importante é que o Instituto, primeiro, realizou um diagnóstico e depois teve a capacidade de fazer uma radiografia da cidade em várias escalas e esse é o grande mérito”.