Do Jornal do Commercio A operação-padrão deflagrada na última sexta-feira pelos médicos-legistas do Instituto de Medicina Legal (IML) já começa a prejudicar a população.
Dos 44 corpos que deram entrada no órgão, nos últimos três dias, 28 ainda estão na fila da necropsia e não há previsão para a realização do procedimento.
Na sede do instituto, em Santo Amaro, no Centro do Recife, famílias aguardam, angustiadas, a liberação dos corpos.
Uma dessas pessoas é Maria Auxiliadora da Silva, 47, que tenta enterrar o filho Wilson Oliveira Júnior, que morreu afogado no último sábado. “Além da dor da perda, ainda passo por uma situação constrangedora dessas. É muito sofrimento”, disse a mulher.
Segundo ela, a previsão dada pelo IML é que o corpo seja liberado até a próxima quarta-feira.
O presidente da Associação de Médicos Legistas de Pernambuco (Apemol), Carlos Medeiros, disse que a operação continua por tempo indeterminado, até que o governo atenda a exigências da categoria, como melhoria na infraestrutura, contratação de pessoal e aumento. “Fazemos muito além do que as condições nos permitem.
A demanda cresce e o efetivo só diminui.
Enquanto o governo não acabar com o sucateamento do IML, continuaremos trabalhando dessa maneira”, afirmou.
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