Do MPPE O empresário e psicólogo Marco Antônio de Miranda, acusado de assassinar a companheira Soraya Ferreira Matos, na época com 16 anos de idade, irá a julgamento nesta terça-feira (15), às 10h, no Fórum Thomaz de Aquino.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do promotor de Justiça Edvaldo Oliveira da Costa, irá defender a tese de que a vítima foi asfixiada por estrangulamento e a motivação do crime seria por ciúmes.

Um júri popular irá julgar o réu que é acusado de homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e asfixia.

O crime ocorreu em novembro de 2004, no Bairro do Espinheiro, no apartamento em que moravam.

A defesa sustenta a tese de que ela teria se matado.

No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) atesta que houve asfixia por estrangulamento e não enforcamento como aponta o laudo particular, elaborado pelo perito George Sanguinetti.

Soraya era a quarta esposa do empresário, que na época tinha 42 anos.

Apesar da grande diferença de idade, os familiares dela apoiavam o relacionamento. “ A família, por ser de origem humilde, passou a depender financeiramente de Marco Antônio, inclusive, ele conseguiu um emprego para o pai da moça, o que também colaborou para que a família concordasse com o relacionamento”, explicou o promotor de Justiça.

Ainda de acordo com o promotor Edvaldo Oliveira, a diferença de idade de 26 anos não impediu que Marco Antônio se aproximasse da menina, na época com 14 anos, na Praia de Boa Viagem, onde se conheceram.

Os dois passaram a se relacionar e em pouco tempo Soraya foi morar com o réu.

No dia do crime, a vítima estava na piscina com uma amiga, e por volta de meio dia subiu ao apartamento.

Com a demora de Soraya em voltar, a amiga foi até o apartamento, onde encontrou Marco Antônio que afirmou que a esposa estaria no quarto dormindo.

O marido e a amiga se dirigiram ao quarto, onde a vítima estava estrangulada.

O laudo do IML atestou que a cena do crime foi violada.

Soraya foi encontrada com um lençol ao pescoço, amarrado em uma prancha, próxima a janela.

O empresário tem histórico de agressão, inclusive, a própria teria chamado a polícia em pelo menos uma ocasião, quando foi confirmada a agressão do marido.

Segundo informações coletadas, a motivação do crime teria sido por ciúmes, devido a um relacionamento extraconjugal.