Do JC Online O esquema de operação padrão iniciado por médicos legistas na última sexta-feira já começa a afetar familiares que esperam a liberação de corpos no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, região central do Recife.

A operação acarreta a diminuição das perícias, análises e laudos por parte do IML.

O auxiliar patrimonial Mike Henrique Conceição, de 38 anos, aguarda a liberação do corpo do primo há três dias. “Está sendo mais uma manhã difícil”, disse.

Segundo ele, cada parente recebe uma numeração referente ao corpo.

Ontem a numeração terminou em 1303.

Mike Henrique está com a ficha 1309.

No início da manhã deste domingo (13) não havia médicos legistas no local, quando 30 corpos aguardavam necrópsia.

A categoria reclama do quadro reduzido de legistas e o congelamento dos salários nos últimos três anos.

Atualmente, cerca de 60 médicos legistas trabalham em todo o Estado, nos IMLs de Caruaru, Petrolina, Paulista e em Santo Amaro, no Recife.

De acordo com a categoria, este quadro deveria ser, pelo menos, duplicado.

Na operação padrão apenas os exames de flagrantes estão sendo realizados normalmente.