Parece faltar pouco, mas ainda não foi hoje que acabou a greve dos trabalhadores na Refinaria de Suape.

Depois de mais de oito horas de negociação, não se fechou um acordo para encerrar em definitivo a greve, suspensa para intermediação.

Os dois pontos que mais atrapalham o fechamento de um acordo, em defintivo, são as horas extras e o vale de alimentação.

No caso do vale, os trabalhadores queriam R$ 300, mas a empresa oferecia R$ 80,00, já subiu para R$ 110.

Depois, os trabalhadores já baixaram para R$ 200,00.

O Ministério Público do Trabalho sugeriu R$ 160,00.

No caso das horas extras, os trabalhadores pedem pagamento de 100% das horas trabalhadas.

A empresa oferece pagamento de 755.

Na tentativa de intermediação, o MP do Trabalho sugeriu o pagamento de 80%.

A Petrobras já aceitou construir um novo restaurante para os trabalhadores, de modo a reduzir o tempo de parmanência no café da manhã, antes do início da jornada propriamente dita.

Também é pacífico a estabilidade de 12 meses para a comissão de negociação.

Também aceita não descontar os dias de greve.

A greve começou há 28 dias, já gerou até quebra-quebra em Suape, mas foi suspensa no sexto dia, para intermediação do MP do Trabalho.

O prazo das negociações esgota-se oficialmente no dia 16, justamente a próxima quarta-feira.

A trégua, entretanto, pode não durar para sempre.

A última reunião de conciliação, a quinta a ser realizada, está marcada para a próxima terça-feira, às 9 horas.

A quarta audiência ocorreu nesta sexta-feira na Procuradoria Regional do Trabalho, na Rua 48, no Espinheiro.

Foi coordenada pelo procuradores Sávio Farias, chefe da procuradoria do Trabalho, e Valdi Bitu Filho, procurador regional do Trabalho.

Também contou com a presença do representante das empresas Antenor de Castro e o presidente da comissão de trabalhadores Adalberto da Silva.