Da Folha de São Paulo Representantes das centrais sindicais chegarão hoje ao Palácio do Planalto sob tensão.

Ontem, numa reunião prévia, ficou acertada uma pauta comum que exclui o fim do imposto sindical, defendido apenas pela CUT.D ilma regulamentará lei que coloca trabalhadores em conselhos.

Se a central ligada ao PT mesmo assim trouxer o assunto à baila, estará “oficializando o racha”, avaliam sindicalistas de outras correntes.

Depois da reunião com as centrais, hoje, a presidente Dilma Rousseff dará início a uma rodada de encontros com empresários.

Jorge Gerdau, que chegou a ser cotado para o governo, deve abrir a série.

Leia a íntegra da nota da Presidência A partir de agora, as empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias deverão prever a participação de representantes de empregados em seus conselhos de administração.

A Portaria nº 026 que regulamenta o assunto será assinada nesta sexta-feira (11/3), às 10h, no Palácio do Planalto, durante ato com a participação da Presidenta da República, Dilma Rousseff.

Pela Portaria, que detalha a Lei nº 12.353, de 28 de dezembro de 2010, a medida vale para as instituições com mais de 200 empregados, nas quais a União detenha a maioria do capital social com direito a voto.

O processo de eleição do representante dos empregados deverá ser organizado por uma comissão paritária, composta por representantes da empresa e das entidades sindicais.

Poderão votar para a eleição do representante todos os empregados ativos das empresas e os critérios para o cargo de conselheiros são os mesmos declarados em lei e no estatuto das respectivas instituições.

Contudo, para prevenir e evitar conflitos de interesse, é vedada a participação dos empregados em reuniões dos conselhos em que sejam abordados temas envolvendo relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, previdência complementar, entre outros.

Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), cerca de 59 empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, e os respectivos conselhos de administração no âmbito do Governo Federal serão abrangidos pela medida.

Após o ato, a presidenta Dilma Rousseff terá um encontro com as lideranças de seis centrais sindicais: Central Única dos Trabalhadores (CUT); Força Sindical; Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).