Por Antonio Moraes Dizem que no Brasil o ano só começa depois do carnaval.
Bom, então começa agora.
E o que Pernambuco tem pela frente neste ano é uma missão espinhosa: trabalhar e lutar para que o Estado não sofra em 2011 com a perda de investimentos públicos.
O Estado não pode abrir mão de nenhum centavo de dinheiro público para atrair e manter as empresas que estão chegando.
A presidente Dilma já anunciou que haverá um corte de R$ 50 bilhões no orçamento federal.
Durante encontro com governadores do Nordeste, no fim do mês passado, afirmou que a região não será atingida pelo corte.
Disse até que não há solução para o Brasil, sem uma solução para o Nordeste.
Poucos dias após este encontro, realizado em Sergipe, registros na imprensa de Pernambuco divulgavam que as obras da Transnordestina estavam paralisadas em Arcoverde.
A empresa responsável pela construção do túnel já tinha inclusive fechado o escritório e demitido cerca de 500 trabalhadores.
Há informações também de que em Sertânia, a transposição também está paralisada, após um acidente na explosão de uma pedreira.
A realidade de duas das mais emblemáticas obras do Governo Federal em Pernambuco é bem diferente do discurso do governo de que “o nordeste não pode parar”.
Se no discurso, a presidente afirma que a União vai ter uma atenção especial ao nordeste, na prática o que vê em dois exemplos de obras fundamentais para a região e Pernambuco- a Transnordestina e a Transposição do São Francisco – é cada vez mais adiada a conclusão destas ações e o comércio, rede hoteleira, enfim, cidades já sendo atingidas de imediato com a paralisação das obras.
Espero que o governador Eduardo Campos, com seu prestígio junto à presidente consiga manter os investimentos que estão previstos para Pernambuco.
Espero também que a presidenta Dilma olhe o Nordeste não só como um bom lugar para descansar, como fez em Natal, durante o carnaval.
Afinal, como a própria disse, a região e Pernambuco não podem parar.
Deputado Antonio Moraes Líder da Oposição