Por Claudia Parente, na coluna JC nas Ruas O grande vilão do Carnaval foi o transporte.
Não os ônibus, que foram a melhor alternativa do folião, mas os táxis.
Como já tinha ocorrido no Baile Municipal do Recife, os taxistas voltaram a escolher passageiros, usando o critério da distância, e virou regra cobrar valor fixo sem usar o taxímetro.
Quem seguiu o conselho da CTTU, responsável pela fiscalização, de ligar para o 0800 0811078 e denunciar a prática, ficou frustrado.
Ou o telefone não atendia, ou os atendentes venciam o queixoso pelo cansaço.
Para se ter uma ideia do abuso, um motorista pediu R$ 25 para levar uma foliã da Avenida Dantas Barreto até um estacionamento no fim da Avenida Conde da Boa Vista, sentido Derby, corrida que não custaria mais que R$ 10.
Outro folião que tentava ir para Boa Viagem usou um artifício para não ficar na rua.
Depois de ser recusado por um taxista, no Cais de Santa Rita, passou ao veículo seguinte e informou que estava indo para Piedade, Jaboatão.
Mas desceu em Boa Viagem, deixando o taxista irritado.
Em suma, no Carnaval, em vez de entrar no táxi e informar o destino, o passageiro foi dispensando antes de embarcar porque morava perto e não havia agente da CTTU para acabar com o desmando.