Em O Globo O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu nesta terça-feira no Rio a criação de um mecanismo permanente de financiamento da Saúde, segundo reportagem de Fábio Vasconcellos na edição desta quarta-feira do jornal O GLOBO.

Evitando falar em uma nova CPMF, Padilha afirmou que os recursos para a área devem não apenas ser permanentes, mas também crescentes.

Na avaliação do ministro, caberá ao Congresso Nacional discutir esta e outras propostas nos próximos meses: - Acho que tem um clima positivo no Congresso e em todo os partidos no sentido de obter avanços nos mecanismos de gestão, e de termos uma regra estável de financiamento e uma forma de termos recursos crescentes para a Saúde ao longo dos anos.

Esse é um debate que o Congresso tem de fazer.

Perguntado se o governo iria apresentar a criação de um novo imposto para financiamento da Saúde, Alexandre Padilha explicou que a iniciativa será a de debater com o Congresso. - A principal iniciativa do Congresso é debater com o Congresso quais medidas o Congresso pode trazer para que possamos aprimorar a Saúde.

Este ano, em relação ao ano passado, tivemos acréscimo de recursos na Saúde.

Achamos que devemos ter recursos crescentes.

Não é só o governo que acha isso, a oposição também.

Defendemos que a gente tenha regra permanente de financiamento, independentemente de quem esteja governando o país, os estados ou os municípios.

Alexandre Padilha afirmou também que o governo espera aprovar este ano a regulamentação da emenda constitucional 29, que estabelece parâmetros de financiamento da Saúde.

Segundo o ministro, a aprovação da emenda 29 pode correr em paralelo à discussão em relação às fontes de recursos permanentes da Saúde, defendida pelo governo.