Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo O secretário de Saúde de Pernambuco, Antonio Figueira, vai receber hoje o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhães.
As principais reivindicações da categoria são melhores condições de trabalho, tanto no serviço público quanto na relação com as empresas de saúde.
O piso salarial proposto pela Fenam é de R$ 9 mil para carga horária de 20 horas.
Em Pernambuco, os médicos recebem R$ 5 mil pelo mesmo tempo de serviço. “Acredito que seremos muito bem recebidos, como fomos em outros estados.
Estamos que o secretário tenha força para sensibilizar o ’núcleo duro’ do Governo quanto às nossas necessidades”, diz.
Eles também exigem uma mesa de negociação permanente com a Secretaria de Saúde e implantação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV).
Os médicos que prestam serviços aos planos de saúde devem fazer uma paralisação no dia sete de abril.
Se na rede pública a situação está difícil, a iniciativa privada nem sempre oferece boas condições.
O preço médio repassado a cada médico é de R$ 19 por consulta.
Em Pernambuco, de acordo com o Sindicato dos Médicos, o custo de cada consulta é de R$ 23,00. “Eles não levam em conta outras despesas, como aluguel do espaco, condôminio, infraestrutura”.
Além disso, relata um alto percentual na recusa de procedimentos (20%) em todo o Brasil.
Quanto ao orçamento do Ministério da Saúde, de R$ 75 bilhões, Cid acredita que esse valor, apesar de alto, pode não ser suficiente para as demandas nacionais. “Há muitos problemas de gestão por parte dos governantes”.
Os problemas no atendimento não são exclusivos de Pernambuco.
Em São Paulo, dez médicos foram assaltados em um único posto médico, inclusive, com troca de tiros.
O Sindicato pernambucano admite que as negociações estão melhorando na gestão de Antonio Figueira.
As entidades médicas assinaram documento destinado a todos os cidadãos brasileiros que possuem planos de saúde, esclarecendo os motivos da paralisação e alertando a sociedade sobre os riscos de prejuízos à saúde por conta das recusas de atendimento das empresas do setor.
Cid Carvalhães já se encontrou com outros secretários estaduais, incluindo o de São Paulo, local onde trabalha.