Foi com muita surpresa que nós – professores, estudantes e técnicos administrativos da Universidade Federal de Pernambuco – vimos um texto assinado por uma pessoa que se diz pesquisadora da nossa universidade atacar no Blog de Jamildo aqueles que propõem um novo modelo de gestão e um novo momento para a instituição na qual trabalhamos e estudamos.

Um texto recheado de preconceito, ódio e mentiras, trazendo para o processo sucessório do cargo de reitor um tom que até então não havia sido estabelecido.

O senhor Otávio Luiz Machado se diz pesquisador da UFPE mas não consta dos quadros da universidade, seja como docente, aluno ou técnico.

Em seu currículo lattes, apresenta-se apenas como “colaborador” em um projeto de extensão bancado pela atual reitoria.

Ou seja, é beneficiário em comissão do grupo que há 16 anos está no poder na instituição.

Por sua condição privilegiada, talvez o senhor Otávio Luiz Machado desconheça a universidade real.

Falamos da universidade com infraestrutura precária, cujas obras de recuperação encontram-se na sua maioria com prazos vencidos há anos.

Falamos da universidade burocratizada, que atrasa a progressão funcional de seus servidores, sejam docentes ou técnicos.

Falamos da universidade que discrimina seus membros, mantendo técnicos administrativos de funções idênticas com jornadas de trabalho diferentes.

Falamos da universidade que atualmente não dialoga com a sociedade e põe-se à margem do excelente momento econômico vivido pelo nosso estado e nossa região.

O dublê de pesquisador, em sua ânsia de defender o grupo que está há 16 anos no poder, tentar falsamente associar o fechamento do restaurante universitário ao candidato a reitor do Movimento Nova UFPE, Pierre Lucena – este, sim, professor concursado da nossa universidade, doutor em Finanças e pesquisador com publicações nos mais respeitados veículos acadêmicos nacionais e internacionais de sua área.

A bem da verdade, é importante relembrar à sociedade que, quando membro do corpo discente da UFPE e presidente do Diretório Central dos Estudantes, no início da década de 1990, Pierre Lucena ajudou a reabrir o restaurante universitário, que se encontrava fechado, sendo pela primeira vez na história da nossa instituição gerido pelo movimento estudantil, oferecendo refeições de qualidade a preço de custo.

No final ano de 1995, quando Pierre nem estudante da universidade era mais e ainda não havia realizado concurso para professor, o então reitor Mozart Neves Ramos e a corrente partidária que passou a comandar o movimento estudantil na UFPE decidiram fechar o restaurante.

Mozart Neves Ramos e o citado partido integram hoje a base de sustentação do atual reitorado e seu candidato à sucessão.

Numa lastimável atitude eleitoreira, após seis anos do início das obras, o grupo que está há 16 anos no poder na UFPE decidiu reabrir o restaurante universitário esta semana, em pleno processo sucessório.

Mesmo assim, a incapacidade administrativa desse grupo achou por bem oferecer refeições a menos de 10% da comunidade acadêmica, cobrando preço mais caro de todos os restaurantes universitários do país.

Nosso movimento, com centenas de membros verdadeiros da UFPE, nasceu da constatação óbvia a todos e todas que vivem a universidade real que urge a necessidade de afastar do reitorado o grupo que estabeleceu o compadrio e a partidarização da universidade como política de gestão.

Que é hora de uma universidade desburocratizada, moderna, referência em pesquisa e que forme profissionais competentes e competitivos para atender às demandas que a sociedade exige. É hora, pois, de uma Nova UFPE.

Movimento Nova UFPE