O ex-prefeito de Igarassu e ex-assessor especial do governo de Pernambuco, Severino Ninho, enviou o seguinte texto ao Blog de Jamildo, em resposta ao artigo de Terezinha Nunes, que continha críticas às políticas de segurança do governo estadual.
Leia aqui o artigo de Terezinha Cheia de má fé e sem nenhum apego à razão Severino de Souza Ninho A suplente de deputada Terezinha Nunes prossegue sua cruzada contra a verdade dos fatos.
Ela escreveu recentemente um pequeno texto publicado neste blog que denota o mais completo desrespeito pela razão, revelando combinação inaudita de ignorância e má-fé.
A ex-deputada toma o Mapa da Violência, publicado pelo Instituto Sangari nos últimos dias, como um retrato da situação atual, quando ele se refere aos dados de 2008.
Vale lembrar que, naquele ano, o Pacto pela Vida já produzia os primeiros efeitos com redução da violência da ordem de 2,0% em 2007 e de 2,4% em 2008.
No entanto, como Políticas Públicas de Segurança não são produzidas através de passes de mágica (a propalada queda da violência observada em São Paulo se deu em um período de 12 anos), foi em 2009 e 2010 que os efeitos do Pacto pela Vida produziram um impacto ainda maior na redução da criminalidade violenta em Pernambuco.
A redução em 2009 foi da ordem de 12,4% e a de 2010 de 13,94%, consolidando e acentuando o declínio da violência durante o Governo Eduardo Campos.
Se tomarmos o período 2007-2010, a redução acumulada da taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais, em relação a 2006, é da ordem de 26,7% para o estado, de mais de 32% para a Região Metropolitana e de 39,22% no Recife.
Ademais, não só as taxas de crimes violentos contra a vida vêm caindo nos últimos anos em Pernambuco, mas também as de crimes contra o patrimônio.
O Pacto pela Vida, reconhecido nacional e internacionalmente por gestores e pesquisadores da área de Segurança Pública como o mais abrangente Plano Estadual de Segurança Pública do país, vem produzindo efeitos consistentes de redução da violência por quatro anos seguidos e por 27 meses consecutivos.
Isto demonstra que Pernambuco não apenas reverteu a curva de crescimento da violência que vinha sendo observada até 2006 (o ano mais violento da história recente do estado) como iniciou um processo sustentado de redução, que se estende continuamente desde 2007.
Observe-se que a expressiva redução alcançada em Recife nos últimos quatro anos (quase 40% de queda da taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais) é superior àquelas que ocorreram em Bogotá e Nova Iorque, também nos primeiros quatro anos de suas respectivas políticas.
Lembremos também que estas cidades são tomadas como modelos mundiais de experiências exitosas de controle da violência e inspiraram alguns dos projetos do Pacto pela Vida.
Pernambuco, nos últimos quatro anos construiu um Plano Estadual de Segurança Pública, com uma meta ambiciosa e factível de redução da taxa de crimes violentos intencionais em 12% a cada ano e uma Política Pública de Segurança reconhecida e de inegável qualidade.
Tal Política Pública inovadora combinou tecnologia, gestão baseada na informação, inteligência e integração policial com prevenção focalizada da violência e participação social.
O sucesso e o contínuo aperfeiçoamento desta Política Pública, o Pacto pela Vida, permitirá, com a correta manutenção da meta atual, que Pernambuco tenha taxas de crimes violentos intencionais inferiores à meta nacional ao final do segundo Governo Eduardo Campos.
Isto não é pouco, mas apenas o início de uma caminhada já iniciada para tornar Pernambuco um estado seguro e onde a vida é respeitada.
Os filósofos do iluminismo ensinaram, no século XVIII, que a razão guiará o homem para a sabedoria, conduzindo-o à verdade.
Assim, a razão é a fonte de todo o conhecimento.
Tantos séculos depois, o homem continua seguindo aqueles preceitos. É verdade, porém, que algumas pessoas têm dificuldade para assumir a razão como motor da vida.
Outras – pior ainda – jamais aprendem.
Infelizmente, a ex-deputada Terezinha Nunes é uma destas.
Ela não se submete à razão e não respeita os fatos.
E, mesmo tendo recebido altissonante lição em outubro passado, segue sem compreender o que povo de Pernambuco exige dela: menos polêmicas vazias e mais apoio para quem está trabalhando na construção de um Pernambuco mais seguro para todos.