Por Thiago Lins, repórter do Blog de Jamildo Cerca de 300 policiais militares estiveram reunidos, agora à tarde, na praça do Memorial de Medicina de Pernambuco, no Derby, zona central do Recife.

A categoria reinvidica diálogo com o governo, para tratar de reajustes relativos a salários e subsídios.

Valores de possíveis aumentos, no entanto, não devem ser divulgados até que a classe trave diálogo com o governo.

De acordo com o coronel João de Moura, presidente da União dos Militares do Brasil, a categoria vem fazendo reinvidicações junto ao governo desde o ano passado, quando as negociações não foram adiante em virtude das eleições.

Desde então, não houve uma reaproximação.

Segundo o coronel, o governo criou uma comissão que teria feito um levantamento sobre as reinvidicações dos militares.

Um documento, inclusive, teria sido entregue ao governador, mas nem Eduardo nem a SDS definiram uma posição.

A Assembleia Geral Unificada foi convocada com o objetivo de pressionar o governo.

Porém, a classe ainda não definiu que ação deve tomar caso não seja atendida pelo governo.

Mas falam abertamente na possibilidade de aquartelamento (não deixar o quartel) durante o carnaval.

Outra reunião foi convocada para o próximo dia 1º, quando os militares decidem como proceder.

Há a possibilidade, ainda, do aquartelamento começar logo no dia 1º.

Sobre as reinvidicações, o coronel não especificou valores, mas mencionou a PEC 300, que estabelece piso nacional para policiais militares e civis (em Pernambuco, um agente civil em começo de carreira ganha R$ 2440, enquanto um militar tem vencimentos de R$ 1330, de acordo com dados fornecidos pelos PMs no protesto).

Para Moura, o plano de carreira dos militares “não flui”.

Moura alega que os miltares são “os principais atores” do exitoso Pacto pela Vida. “Pernambuco tem uma situação qualificada de arrecadação e (nos índices) de redução de crime”, situação que para ele não corresponde ao tratamento concedido aos militares.

Por último, o coronel afirmou que policiais paraibanos que se juntariam à manifestação foram impedidos de chegar ao destino, pelo Batalhão de Choque.

Moura lembra que, naquele estado, a Assembleia Legislativa aprovou um piso de mais de R$ 3000 para as polícias (civil e militar), mas a medida não contou com aprovação do governador Ricardo Coutinho (PSB).

Indagado se haveria alguma rusga entre o Choque e outras divisões, Moura negou: “Estão apenas cumprindo ordens”.