Do Jornal do Commercio Engenho de cana-de-açúcar do século 18, no município pernambucano de Nazaré da Mata, foi completamente desmontado e saqueado.

A edificação, desativada, encontra-se em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e teve todas as peças de madeira retiradas.

Não há sinal de porta, janela, esquadria, grade, piso e telhado no amontoado de pedras deixado para trás na casa-grande e Capela de São José. “Levaram o que havia de melhor”, diz o arquiteto do Iphan Marcos Simão, que vistoriou o Engenho Morojó na tarde de ontem.

Segundo ele, não há indícios de uso de máquina na demolição. “Fizeram o desmonte na mão, houve muita cautela na retirada das peças, dá para perceber que as esquadrias e grades foram retiradas inteiras”, comenta o arquiteto.

O serviço, calcula, deve ter durado cerca de um mês.

A arquiteta Cremilda Martins, superintendente substituta do Iphan, avisa que vai acionar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal para identificar e punir os culpados. “Em dezembro do ano passado, quando visitamos o Engenho Morojó para o Inventário de Varredura de Bens Culturais Materiais Relacionados ao Ciclo da Cana-de-Açúcar, a casa-grande e a capela estavam de pé”, garante.

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