Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT Infelizmente, com a decisão praticamente adotada, sem dar chances para que a opinião pública opine, especialmente os que vão pagar a conta do Imposto de Renda, ou seja, os trabalhadores e a classe média brasileira, já percebemos um certo ar de desesperança num governo que se confirma a cada dia uma clara opção pelo mercado em detrimento dos esperados compromissos sociais.

Se a inflação do período anterior foi de 6,46% não faz sentido se corrigir a tabela de Imposto de Renda em 4,5% a não ser a clara intenção de penalizar quem trabalha, gera renda e é sustentáculo da democracia brasileira.

Primeiro pune os trabalhadores que sobrevivem com o salário mínimo.

Agora, pune a classe média que respira um pouco acima destes valores e é responsável por toda a arrecadação federal, estadual e municipal e mesmo assim ainda tem que pagar suas contas de escola e convênio médico diante de um Estado continuamente incapaz de usar os tributos a favor da eficiência social.