Débora Duque e Gilvan Oliveira, do Jornal do Commercio Uma semana após a eclosão das denúncias envolvendo a Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR), a bancada governista finalmente resolveu reagir em bloco contra as acusações – direcionadas ao órgão pela líder da oposição, Priscila Krause (DEM) – de superfaturamento e dupla licitação na aquisição de lonas para o Carnaval.
Se na semana passada a estratégia governista limitou-se a defesas isoladas encabeçadas pelo líder do governo, Josenildo Sinésio (PT), e pelo vereador Luiz Eustáquio (PT), ontem o cenário foi bem diferente.
Vereadores aliados ao prefeito João da Costa (PT) chegaram a fazer uma fila no plenário para apartear o presidente da Casa, Jurandir Liberal (PT), escalado para comandar o contra-ataque governista na tribuna.
Os discursos favoráveis à Prefeitura, entretanto, não trouxeram novidades em relação aos argumentos oficiais já divulgados pela FCCR.
Em linhas gerais, a reação dos aliados se manifestou em duas frentes.
Uma para defender o modelo de Carnaval implantado na cidade desde à administração do ex-prefeito João Paulo (PT) e a outra – de caráter mais técnico – com o objetivo de rebater minuciosamente as declarações de Priscila.
Dentro da primeira tática, Jurandir Liberal ressaltou descentralização do festejo, assim como o caráter “multicultural” conferido ao evento.
O vereador Inácio Neto (PT) chamou a oposição de representante da “direita raivosa”, enquanto Josenildo Sinésio voltou a afirmar que “ninguém vai tirar o brilho do Carnaval recifense”.
Partindo para o aspecto concreto das denúncias, Jurandir rebateu as acusações de superfaturamento de 716%, alegando que os orçamentos concedidos à democrata pela empresa Arts Luminosos referiam-se a serviços distintos dos que foram requisitados pela Fundação. “A vereadora estava confundindo um tipo de material com outro.
O líder do governo já explicou, mas a vereadora insiste em ficar martelando no mesmo assunto”, assinalou.
Em relação à montagem dos palcos do Carnaval ter sido iniciada antes da homologação do resultado da licitação – como foi mostrado pelo JC em reportagem publicada no sábado (19) –, o presidente da Casa repetiu a versão da FCCR, argumentando que as empresas tomaram a iniciativa por conta própria para não atrasar a programação.
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