Por Thiago Lins, repórter do Blog de Jamildo Presente ao encerramento do 52º Encontro do Colégio de Presidentes do TRE (que ocorreu hoje pela tarde), o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, comentou temas controversos, como suplência e a Lei da Ficha Limpa.

Frisando a dificuldade de se fazer eleições num “país continental” como o Brasil, o ministro se posicionou pessoalmente, lembrando que suas colocações não refletem, necessariamente, uma tendência do tribunal.

Lewandowski defendeu que as coligações deveriam ocupar a suplência. “Embora a coligação se desfaça logo depois das eleições, os efeitos se projetam no tempo para depois das eleições”, explicou, afirmando que a posse de Luis Fux (prevista para o dia 3 de março) deve ser decisiva para solucionar impasses. “Tenho a impressão de que o ministro Peluzo deixará todos os temas polêmicos para se resolverem quando o plenário estiver completo”, arriscou.

Fux será responsável pelo voto de desempate na votação do Ficha Limpa.

Indagado sobre as brechas da Ficha Limpa, defendeu que a lei já estaria produzindo resultados positivos “na cultura do eleitor”.

Já com relação aos recorrentes desentendimentos entre o legislativo e o judiciário, Lewandowski entende que “não há impasse nenhum.

Esse é o nosso sistema de freios e contrapesos.

São poderes independentes, mas harmônicos entre si.

Acontece que o Judiciário, de modo geral, não age, reage”, esclareceu.

Questionado se os políticos estariam faltando ao dever de legislar, insistiu que “a matéria é muito complexa”.

Por último, adiantou que em 2012 as urnas biométricas vão saltar dos 1,2 milhão da última eleição para nada menos do que 10 milhões.

Na ocasião, os eleitores receberão o RIC, que substitui a antiga carteira de identidade.