Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), esteve hoje na reunião de monitoramento do Programa Pacto Pela Vida, na Secretaria de Planejamento (Seplag).
Ele chega ao Estado pouco tempo depois dos escândalos de abuso policial, como o vídeo no qual policiais obrigam dois detentos a se beijarem e outro caso de violência contra dois adolescentes, Deda defendeu o colega governador. “O que ocorreu em Pernambuco, poderia ter acontecido em qualquer estado. É necessário tomar providências urgentes, para que casos isolados não atrapalhem o caminho que está dando certo”.
O governador vem fazendo modificações no programa de segurança de Sergipe.
Na última terça-feira (15), a delegada Katarina Feitosa assumiu a superintendência geral da Polícia Civil. “O Pacto pela Vida é o que há de mais moderno no Brasil em termos de gestão”, elogiou.
Marcelo Déda defendeu a proposta do Governo Federal de R$ 545 para o salário mínimo. “Foi a vitória da responsabilidade [a votação na Câmara ontem].
Qualquer coisa diferente disso, seria colocar em risco a estabilidade financeira do país.
Essa não é uma discussão de palanque.
Uma vitória de um valor maior seria uma vitória de pirro”.
O governador disse que vai cobrar a presidente Dilma sobre o papel do Nordeste no cenário nacional. “Precisamos saber se o Nordeste vai continuar tendo a mesma prioridade que teve no governo Lula”.
O encontro de segunda-feira deve reunir dez governadores (os nove da região e o de Minas Gerais). " Vamos deixar que ela passe a agenda para o Nordeste", alivia.
Em breve deve ser feita outra reunião, dessa vez sem a presidente. “Trataremos dos assuntos comuns à região.
Não vamos falar de questões isoladas de estados”, anuncia.
Ontem (17), Marcelo Déda participou de uma reunião sobre a Chesf, aqui em Pernambuco.
O principal assunto debatido, segundo o governador, foi a regulação da relação dos estados com a Chesf.
Ele negou que esse encontro seja uma tentativa de fazer o PT assumir o comando da estatal. “Eu tenho gastura desse negócio de discussão de cargos personalizada”, disse. “A discussão partidária, o debate de quem indicou, é uma questão secundária.
Em Sergipe, costumo indicar técnicos, não políticos para esse tipo de cargo.
Não tem essa de acomodar ex-deputado, gente que está sem cargo”, disparou.
Ele considera que a atuação da estatal em alguns estados do Nordeste ainda é insuficiente. “Em Sergipe, você pode analisar de norte a sul.
A ausência da Chesf no cotidiano do Estado é marcante”, critica.
O petista Marcelo Déda foi prefeito de Aracaju duas vezes, antes de se eleger governador.