Eduardo Bresciani, do Estadão O secretário-geral e presidente interino do PDT, Manuel Dias, anunciou nesta quarta-feira, 16, que o partido vai liberar a bancada na votação do salário mínimo.
Dias participa da reunião da bancada que discute o tema.
A liberação visa preservar o presidente licenciado e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, uma vez que aliados ameaçam pedir sua demissão caso o PDT fique contra o governo nesta votação.
A sessão para a votação do mínimo na Câmara dos Deputados acontecerá nesta quarta.
O PDT foi o primeiro partido a encampar o valor de R$ 560,00 em contraponto ao valor de R$ 545,00, oferecido pelo governo.
O ministro do Trabalho, porém, foi enquadrado pelo governo federal e trabalha junto à bancada para conseguir apoios para a proposta de R$ 545,00.
Com isso, a intenção do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), de que o partido fechasse questão no valor de R$ 560,00 não se concretizou.
Com a liberação, a tendência é que a bancada se divida quase ao meio na votação.
Manuel Dias afirmou que a liberação da bancada não vai ser vista pelo governo como traição porque o partido avisou que não daria apoio automático ao governo. “Quando fomos ao governo Lula nós já dissemos a ele que não votaríamos contra posições ideológicas do partido.
Isto vale para esta questão do mínimo”.