Da assessoria O escândalo das lonas da PCR ganha hoje um capítulo ainda mais controverso: as licitações realizadas pela Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR) para contratação de empresas de infraestrutura – que montarão os componentes estruturais do carnaval municipal – já exigem dos vencedores a instalação de lonas impressas.

Como se registra nos processos licitatórios 69/2010 e 04/2011, referente aos palcos e pórticos, respectivamente, um dos elementos exigidos são as lonas laterais e superiores dos palcos, além das bases, por exemplo. “A Fundação de Cultura tem a obrigação de explicar ao recifense se está comprando lona duas vezes para o mesmo evento”, questiona.

Mais discrepante ainda é o valor da montagem completa dos palcos.

De acordo com o documento “julgamento de propostas” da licitação dos palcos (são 19 conjuntos divididos em oito lotes), as empresas que venceram o certame receberão, em média, R$ 40 mil por cada palco, incluindo lonas, cobertas, estruturas metálicas, etc..

Os pórticos seguem a mesma tendência: já incluem as lonas no processo licitatório 04/2011. “A Fundação de Cultura afirmou, em nota, na segunda-feira, que a empresa foi escolhida para trabalhar no carnaval com o intuito de trazer mais segurança ao processo, além do respeito ao meio ambiente.

Agora se descobre que quase todos os elementos do carnaval recifense foram licitados já incluindo as lonas impressas, dessa vez com preços bem mais baixos.

Há uma incoerência gritante”. À imprensa local, hoje, o proprietário da empresa Arts Luminosos (contratado para produzir lona pela PCR por R$ 490,00 o m²) chegou a explicar que disponibilizará 12 equipes de prontidão, durante o carnaval, para corrigir quaisquer defeitos nas lonas.

Basta responder quais lonas.