Por Thiago Lins, repórter do Blog de Jamildo Depois de perder a primeira eleição em mais de 40 anos, Marco Maciel (DEM) corre o risco, ainda, de perder a aposentadoria vitalícia de R$ 6 mil.

O benefício, em Pernambuco, é concedido apenas a Maciel e José Ramos, cujos mandatos são anteriores à gestão de Roberto Magalhães, que governou o estado entre 1983 e 1986.

Durante o mandato de Magalhães, o benefício foi extinto - a decisão só valeu para Magalhães e os governos que seguiram.

A ação contra as aposentadorias vitalícias está sendo coordenada pelo Conselho Federal da OAB.

Já as seccionais estão a cargo do encaminhamento dos relatórios municiando a iniciativa do Conselho, que se reúne no próximo domingo (20).

Na ocasião, o Conselho deve decidir se entra com ação contra Maciel e Ramos.

Os dois recebem, respectivamente, R$ 6 mil e R$ 24 mil.

Maciel, cujo mandato foi de 1979 a 1982, teria aberto mão de um reajuste.

Já Ramos, que assumiu entre 1982 e 1983 (quando Maciel se lançou em candidatura ao senado e o vice, Magalhães, não assumiu para logo em seguida concorrer ao Executivo estadual) continua recebendo o mesmo que um desembargador - à época, o salário do governador e de um desembargador eram iguais.

Hoje, o governador Eduardo Campos recebe R$ 9,5 mil.

O caso, em Pernambuco, requer uma análise mais profunda, uma vez que a lei extinguindo o benefício torna única a situação.

A OAB, que já tinha entrado com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os pagamentos em Sergipe, Paraná, Acre, Amazonas e Pará, ingressou com mais duas ações ontem - contra ex-governadores do Piauí e do Rio Grande do Sul.

Amanhã, o STF julga a ação da OAB contra a aposentadoria para os ex-governadores paraenses.

O desdobramento pode balizar soluções para outros estados.