O deputado federal Roberto Santiago (PV - SP), vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores, divulgou nota inflamada à imprensa.
O verde fala em “manipulação” e “uso imoral da força”.
Segue o texto.
O que está acontecendo com a manipulação do governo federal para fazer passar à força no Congresso o salário mínimo de R$ 545,00 é o uso imoral da força de Estado para pressionar deputados e senadores, usando a renda de milhões de trabalhadores brasileiros como artifício para fechar as contas.
Em vez do governo Dilma deixar claro que não pretende reajustar integralmente a tabela de Imposto de Renda por uma questão de Caixa, tem usado o reajuste parcial da tabela, em 4,5%, como pressão para tentar induzir as centrais e os sindicatos a concordar com o salário mínimo de R$ 545,00.
A atualização da tabela pela inflação é um direito líquido e certo.
E é imoral e irresponsável qualquer governo mexer na tabela pois se trata de uma subtração de renda da classe trabalhadora, de quem produz.
Ao mesmo tempo, a presidente Dilma deixa vazar para os jornais “que o mercado só acreditará na intenção de cortar R$ 50 bilhões do Orçamento se reajuste do piso (salário mínimo) for contido”.
Ou seja, quer fazer ajuste fiscal à custa dos pobres.
Quando foi eleita com a promessa, que acreditamos, de dar continuidade às políticas sociais e econômicas do presidente Lula a favor dos mais pobres, especialmente os 48 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas que dependem diretamente do salário mínimo.
Vamos reassumir o slogan do presidente Lula no seu início de participação política. “A luta continua”.
Vamos hoje participar da Comissão Geral, nos reunir com o deputado Vicentinho, que é o relator do salário mínimo e vamos para a tribuna fazer frente ao rolo compressor de um governo que, infelizmente, quer fazer ajuste fiscal à custa dos pobres.
Quando esperávamos é que cortasse nos ganhos dos grandes grupos industriais e financeiros, que continuam imunes à fúria fiscal do Governo.