Adriana Guarda e Raíssa Ebrahim, do Jornal do Commercio Todos os dias, a mesma cena se repete no fim do expediente, na saída do Complexo de Suape. Ônibus, carros e caminhões se enfileiram em congestionamentos na PE-60, BR 101 e estrada do Paiva, fazendo o trânsito beirar o caos.
Chegar e voltar do trabalho se transforma numa via-crúcis para os 55 mil profissionais que fazem a engrenagem do maior polo de investimentos de Pernambuco funcionar.
Se por um lado, os engarrafamentos simbolizam a ebulição econômica da região, por outro, acende o sinal amarelo sobre a necessidade de acelerar os investimentos em infraestrutura.
Para quem trabalha, as horas de espera nas estradas parece fazer a jornada esticar.
Pelos cálculos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), nos últimos 10 anos o movimento nas principais vias de acesso à região cresceu mais de três vezes, passando de 15 mil para 50 mil veículos por dia.
O principal gargalo na volta para casa é o trecho da fábrica da Vitarella, em Prazeres, mais especificamente na união entre a BR-101 nova e a BR-101 antiga.
Na última semana, a reportagem do Jornal do Commercio constatou que o engarrafamento tem início ainda na altura do bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes.
Para tentar driblar o congestionamento, os motoristas apelam para rotas alternativas e se espremem na pista de barro paralela à estrada principal.
Para quem passa antes pelo Cabo de Santo Agostinho a situação não é das melhores.
A liberação do trecho de um quilômetro da PE-60 duplicada, entre o quilômetro 10 e o quilômetro 13, na semana passada, conseguiu desafogar um pouco o trânsito, mas ainda não é suficiente para evitar as filas.
O técnico em telefonia João Fernandes das Graças, que passa todos os dias pelo local, diz que a situação está problemática já faz muito tempo. “O pico aqui é de manhã cedo e no fim da tarde, a partir das 17h30”, explica.
Para se ter ideia do fluxo, o funcionário da PetroquímicaSuape Evandro da Silva leva 1h20 para ir do trabalho para casa, em Escada, por um percurso que ele poderia fazer em apenas 40 minutos se houvesse infraestrutura adequada para atender a demanda do vai e vêm de veículos na região.
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