Do Jornal do Commercio As obras de transposição das águas do Rio São Francisco vão ficar mais caras e devem custar aproximadamente mais R$ 2 bilhões.
Até agosto do ano passado, as obras tinham um custo estimado em R$ 5 bilhões. “A nossa expectativa é que as obras realizadas cheguem aos R$ 7 bilhões, mas estamos renegociando os preços com as construtoras.
Por isso, este número não está fechado.
E todo aumento terá que ser bem explicado”, afirmou o secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, Augusto Wagner Padilha Martins.
Segundo ele, o aumento dos custos vai ocorrer porque houve um erro no quantitativo dos contratos. “Originalmente, foi colocada uma menor quantidade de material.
O projeto da transposição foi licitado com as informações do projeto básico, quando não se tinha o projeto executivo e isso causou algumas distorções”, explicou.
Geralmente, o projeto básico estima um valor para a obra e o projeto executivo resulta num preço muito próximo ao real, detalhando tudo que é necessário para realizar a obra.
Wagner acrescentou também que os custos de construção cresceram muito. “O projeto foi orçado antes do boom da construção civil e executado durante essa alta dos preços”, afirmou.
Os primeiros contratos que serão renegociados são os dos lotes 1 e 2, que são os mais adiantados.
Eles são realizados pelas construtoras do consórcio Carioca/Serveng/Paulista.
Ontem, a assessoria do ministério não confirmou quais as empresas que executam estes lotes.
O lote 1 consiste na construção de 40 quilômetros de canal, em Cabrobó, e tinha um custo de R$ 238,5 milhões, enquanto o lote 2 corresponde a 25 quilômetros de canal que seriam feitos por R$ 219,3 milhões.
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