Da assessoria Cerca de 7000 trabalhadores da construção civil das obras da refinaria em Pernambuco pararam suas atividades nesta quarta-feira (9/02).

Os motivos da manifestação foram as más condições de trabalho e também reivindicações salariais.

Um fato estranho é que a Odebrecht, empresa que lidera o CONEST (consócio responsável pelas obras na refinaria) conta com o apoio do SINTEPAV (Sindicato dos Trabalhadores na Industriada Construção de estradas, pavimentação e obras de terraplanagem em geral no estado de Pernambuco) para impedir a greve e reprimir os trabalhadores.

O SINTEPAV (apoiada pela Força Sindical e que não é reconhecido pelos trabalhadores) compareceu na mobilização com o objetivo de acabar com a greve ao invés de defender os trabalhadores.

Fazendo o jogo da patronal de forma covarde, um dos capangas de Aldo Amaral, presidente do sindicato, atirou contra os operários que se negaram à volta ao trabalho.

Este fato levou um dos operários à morte por infarto, por causa do susto, e dois outros feridos, um no braço e outro na boca.

Este último foi removido para o Hospital Português e está sem contato com os companheiros de trabalho.

Hoje (10/02) a empresa dispensou todos os trabalhadores por tempo indeterminado com o objetivo de desmobilizar a luta dos operários revoltados com a empresa e com a direção do sindicato.

Mandou de volta para casa vários companheiros de todas as regiões em Pernambuco e de outros estados.

As reivindicações são justas!

Os manifestantes reivindicam melhores condições de trabalho.

Segundo eles, não tem água potável suficiente para beber e só existe um alojamento. É um galpão com vários beliches.

Também reivindicam mais refeitórios. “Tem gente que espera quase 40 minutos na fila para fazer uma refeição, diminuindo o tempo de descanso”, argumenta um dos líderes do movimento.

Outra questão são os banheiros.

Existem poucos no enorme canteiro de obra.

Tudo isso no meio de muita perseguição e pressão da empresa para finalizar as obras.

Um outro ponto crucial do movimento é a questão salarial.

Eles querem a equiparação de salários com o dos trabalhadores da Petrobrás de outros estados. “É a mesma função, então deveríamos receber o mesmo salário” comenta um dos trabalhadores.

A luta é pelo atendimento à pauta de reivindicação, mas também pelo reconhecimento da Comissão dos Trabalhadores para negociar uma saída, pois eles não reconhecem o SINTEPAV e não querem este sindicato nas negociações.

Com os novos fatos, eles exigem justiça e punição dos culpados pelos crimes contra os trabalhadores.

Os trabalhadores da construção civil não estão sozinhos Este movimento tem o apoio da MLP (Movimento de Luta Popular), CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular-Conlutas), Comitê contra o aumento das passagens e dos parlamentares de Pernambuco, Sindicato dos trabalhadores dos Correios de Pernambuco, entre outros.

A farsa do desenvolvimento em Suape: Exploração e repressão aos trabalhadores Este já é a segunda onda de protesto dos trabalhadores, em menos de 15 dias, pelo menos os que foram divulgados, pois existiram outros fatos que a empresa abafou.

Tudo isso devido superexploração e más condições de trabalho em que se encontram os trabalhadores da construção civil em SUAPE.

São migalhas para os trabalhadores e muito lucro pra as empresas.

Este é o desenvolvimento do governador Eduardo Campos (PSB) e da presidenta Dilma Rousseff (PT).